O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

24 de dezembro de 2013

Em tempos de natal, um pequeno estudo sobre a humanidade de Cristo

EM TEMPOS DE NATAL, UM PEQUENO ESTUDO SOBRE A HUMANIDADE DE CRISTO

Pr. Gilson Soares dos Santos

1.1 – A importância da humanidade de Cristo

A – A nossa convicção sobre a humanidade de Cristo é fundamental para a base da nossa fé salvífica e suas conotações soteriológicas.

B – Através de Jesus Cristo é que o homem se une a Deus, pela obra da sua encarnação a divindade se une à humanidade.

C – Assim como a como a garantia da sua obra redentiva depende de sua divindade, do mesmo modo a aplicação da sua obra no homem depende da sua humanidade.

1.2 – O ensino bíblico da humanidade de Cristo

A – A Bíblia revela que Jesus era plenamente humano, tendo todos os atributos comuns a cada ser humano, tanto no sentido físico, como no sentido psicológico.

1.2.1 – A natureza física de Jesus

A – Jesus foi concebido e sustentado no ventre de uma mulher como qualquer outro bebê dentro do processo pré-natal (Lc 2.7).

B – Ele passou da infância para a maturidade assim como crescem todas as outras crianças (Lc 2.40).

C – Seu crescimento era normal como de qualquer ser humano precisando de comida e água para sustentar-se (Mt. 4:2; Jo. 19:28).

D – Jesus compartilhou das mesmas limitações humanas tal como o cansaço (Jo. 4:6).

E – seu padecimento e sofrimento físico na sua entrega pelos pecados foram genuínos, até o ponto de morrer como aconteceria com qualquer ser humano (Jo. 19:34).

F – Outra evidencia clara da sua humanidade é a declaração que ele faz de si mesmo aos judeus usando a palavra homem (Jo. 8:40).

 G – O apóstolo Paulo, na sua argumentação do pecado original, refere-se a Jesus como homem em contraste com Adão (Ro. 5:15, 17,19; I Co. 15:21,47-49).

H – Ainda o apóstolo João dá um destaque especial de que o Cristo tornou-se humano (Jo. 1:14) , esperando combater uma heresia que negava que Jesus tivesse sido genuinamente homem (I Jo. 4:2-3a).

I – Além disto João estabelece a realidade da natureza humana de Jesus ao declarar a manifestação da sua genuidade física (I Jo. 1:1).

J – João declarou que de fato ele e seus contemporâneos ouviram, viram e tocaram Jesus (Lc. 24:39).

K – A Bíblia declara que o Senhor Jesus foi manifestado na carne (Jo 1.14; I Tm 3.16; I Jo 4.2)

1.2.2 – A natureza psicológica de Jesus

A – É comprovada pelas Escrituras pelo fato dela atribuir-lhe qualidades emocionais e intelectuais encontrados nos homens.

B – Ele pensava e raciocinava (Lc. 2:40).

C – Ele sentia e amava (Jo. 13:23).

D – Jesus sentia compaixão e pena (Mt. 9:36; 14:14; 15:32; 20:34).

E – Ele podia sentir tristeza e angustia (Mt. 26:37).

F – Ele experimentou alegria (Jo. 15:11; 17:13).

G – Ele podia ficar irado e afligido (Mc. 3:5) e indignado (Mc. 10:14).

H – Maravilha-se com a fé do centurião (Lc. 7:9) e com a incredulidade dos habitantes de Nazaré (Mc. 6:6).

I - Sentimentos de conflito e solidão são naturais em Jesus (Mc. 14:32-42; 15:34).

J – Outra reação tipicamente humana em Jesus é descrita na morte de Lázaro, onde é capaz de sentir aflição e tristeza (Jo. 11:33). Ele chorou (v.35) e entristeceu-se continuamente (v.38).

K – Seu conhecimento não era ilimitado seja pela necessidade de informação (Mc. 9:21) ou pela falta de conhecimento de um assunto (Mc. 13:32), segundo o que é sugerido pela narrativa bíblica.

L – A sua vida de oração intensa manifestava a sua dependência absoluta ao Pai, inclusive nas decisões mais importantes da sua vida (Lc. 6:12; Mt. 26:36-44).

1.3 - O nascimento virginal de Cristo

A – A concepção de Jesus foi sem lugar a duvidas uma “concepção virginal”, isto é, que a concepção no ventre de Maria, não foi consequência de uma união sexual..

B – As Escrituras indicam que José não manteve uma união sexual com Maria antes do nascimento de Jesus (Mt. 1:25).

C – Como também declara que Maria era virgem na época da concepção, até o momento do nascimento de Jesus.

D – O Espírito Santo através duma ação sobrenatural engravidou Maria, o que também não significa que Deus mantivesse relação sexual com ela. As passagens bíblicas que são explícitas a esta verdade são Mt. 1:18-25; Lc. 1:26-38; outras que sugerem são Is. 7:14 em relação a Mt. 1:23.

1.4 – A impecabilidade de Cristo

     Jesus poderia ter pecado?

A – O autor aos hebreus declara categoricamente que Jesus não pecou (Hb. 4:15; 7:26; 9:14).

B – O apóstolo Pedro também declara a perfeição moral de Jesus (Jo. 6:69; II Pe. 2:2).

C – João ainda se aprofunda mais nesta verdade (I Jo. 3:8), e Paulo da mesma forma ( II Cor. 5:21).

D – Jesus mesmo não teve nenhuma complicação em declarar abertamente a sua impecabilidade (Jo. 8:46).

E – É tão notória esta verdade que o próprio Pilatos e sua esposa reconheceram a sua inocência (Mt. 27:19; Lc. 23:13-15), assim como também o ladrão da cruz (Lc. 23:14) e Judas (Mt. 27:4).

F – “Apesar de Jesus ter-se feito pecado judicialmente, todavia, eticamente estava livre tanto da depravação hereditária como do pecado fatual”.

G – Ele sentiu o poder intenso da tentação, sendo plenamente humano, mas não cedeu ou sucumbiu à tentação.