O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

31 de outubro de 2012

As 95 Teses de Lutero


AS 95 TESES DE LUTERO

Pr. Gilson Soares dos Santos

Hoje, 31 de Outubro de 2012, comemoramos 495 anos da Reforma Protestante. Preste bem atenção: são 495 anos. Tanto tempo. Porém muitos católicos, e até pessoas que se dizem protestantes, nunca leram as 95 teses que Lutero fixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg.

Quantos brigam e discutem pela Reforma, contra ou a favor, sem, no entanto, ter lido pelo menos uma das 95 teses.

Se você ainda não leu o documento que desencadeou a Reforma Religiosa do século XVI, então estou postando aqui um link que o levará à uma página das 95 teses.

Leia, confira e saiba porque tal documento originou a Reforma Protestante.

Deus nos abençoe!

Para acessar as 95 teses de Lutero, clique no link abaixo:

30 de outubro de 2012

Igreja Reformada, Sempre se Transmutando?


IGREJA REFORMADA, SEMPRE SE TRANSMUTANDO?

Pr. Gilson Soares dos Santos

Estamos no  mês de Outubro, no qual comemoramos mais um ano da Reforma Protestante (31/10).
          
À época do Sínodo de Dort (1618-1619), o reformador holandês Gisbertus Voetius (1589-1676) cunhou a expressão "Eclesia Reformata Et Semper Reformanda Est", a qual traduzimos em nosso português como "A Igreja é Reformada e Está Sempre se Reformando". Esse slogan tem sido mal interpretado nos dias de hoje.
          
Sempre se reformando é diferente de sempre se transmutando. Muitos confundem reforma com transmutação, metamorfose. Adotam todo tipo de novidade que vai aparecendo, sempre alegando que a Igreja está se Reformando. Descaracterizam a Igreja dos tempos bíblicos, da reforma, do puritanismo. Secularizam o sagrado e espiritualizam o profano: A graça tornou-se libertinagem, o culto transmutou-se em show, o dízimo tornou-se fundo de investimento, milagres tornaram-se marketing para atrair investidores, a qualidade deu lugar a numerolatria, arrependimento é confundido com remorso, fé tornou-se pensamento positivo, conversão confundiu-se com adesão.

Muitos confundem "sempre se reformando" com "sempre se deformando". Compreendem a Reforma de maneira deformada. Igreja Reformada não é igreja deformada. É isso que o inimigo tem tentado, deformar a igreja. Porém o Senhor nos garantiu que "as portas do inferno não prevalecerão" contra Sua Igreja.
          
Reforma não é transmutação, reforma não é deformação. Será que precisaremos fixar outras 95 teses nas portas da Igreja Brasileira, denunciando sua descaracterização e convocando-a para uma Nova Reforma?

29 de outubro de 2012

Análise Militar do Estado: Meios Ofensivos e Defensivos, em Maquiavel


ANÁLISE MILITAR DO ESTADO: MEIOS OFENSIVOS E DEFENSIVOS, EM MAQUIAVEL

Gilson Soares dos Santos

     Maquiavel trata, em O Príncipe, da questão militar do Estado. Ele vai expor, agora, os meios ofensivos e defensivos. 

1 - Os diferentes tipos de milícias e de tropas mercenárias

     Para Maquiavel, os principais fundamentos do Estado são “boas leis e boas armas”. Uma não podendo existir sem a outra. Ele mostra que para manter o Estado, o príncipe pode usar milícias próprias, milícias mercenárias, milícias auxiliares ou mistas.

As Milícias Auxiliares e Mercenárias

     As Milícias Auxiliares e Mercenárias, para ele, são inúteis e perigosas. Manter o Estado apoiado nessas forças é apenas adiar a ruína. Eis as razões:
  • São ambiciosas, indisciplinadas, desleais, insolentes para com os amigos e covardes diante dos inimigos.
  • Não têm temor a Deus nem confiam nos homens.
  • O Estado é espoliado por elas na paz, e na guerra, pelos inimigos.
  • Não nutrem amor nem força que as conservem em campo, apenas um pequeno soldo. E isso não é suficiente para que deem a vida pelo Estado.
  • Querem muito ser soldados quando não há guerra.
     Maquiavel chega a descrever exemplos para provar que não se deve confiar nas milícias auxiliares e mercenárias.

Tropas Auxiliares

     Maquiavel, em seguida, mostra a inutilidade das tropas auxiliares enviadas por algum poderoso.

     O Príncipe que depender dessas tropas dependerá inteiramente da sorte, porque não terá meios confiáveis de defesa.

     Eis as razões porque não se deve confiar nas tropas auxiliares:
  • Dão prejuízos quando reclamada suas presenças.
  • Se elas perdem, o Monarca é aniquilado, se elas vencem, o Monarca fica sujeito à elas.
  • São mais perigosas do que os mercenários.     
  • São devotadas à quem lhes enviou, nunca ao Monarca que nelas confiou.
     Segundo Maquiavel, os príncipes prudentes sempre repelem esse tipo de tropa.

     Ele cita vários exemplos mal-sucedidos de monarcas que fizeram usos de tropas auxiliares.

2 - Tropas nativas

     Para Maquiavel, o príncipe deve formar suas tropas dentre os próprios nativos.

     O bom exército é aquele formado pelos próprios cidadãos, pois estes vão ser sempre fiéis às ordens do príncipe. Diferente dos exércitos mistos e mercenários.

     Maquiavel mostra que regulamentar o exército próprio não é uma tarefa difícil.

     Para Maquiavel, é preferível perder com o exército formado pelos próprios cidadãos a vencer com tropas auxiliares ou mistas.

3 - Os deveres do príncipe para com suas tropas

     O príncipe, no pensar de Maquiavel, deve ter como objetivo manter a guerra, seu regulamento e sua disciplina. Para ele, a única arte que se espera de quem comanda é manter a guerra. Sendo assim, o príncipe que se preocupa mais com o luxo do que com a guerra, certamente perderá o Estado.

     O príncipe prudente deve sempre estar treinando o seu exército para a guerra. Um príncipe que treina o seu exército para a guerra, acontecendo qualquer imprevisto, resistira sempre aos golpes dos seus inimigos. O príncipe, portanto, deve sempre se preocupar com a arte da guerra, mesmo em tempos de paz. Principalmente em tempos de paz.

     O príncipe deve agir da seguinte maneira com suas tropas:
  • Conservar os soldados sob disciplina; 
  • Conservar os soldados sob exercício constante; 
  • Deve fazer grandes caçadas, acostumando seus corpos aos desconfortos da vida em campanha; 
  • No exercício os soldados tanto reconhecem o próprio país quanto saberá agirá em qualquer outro novo lugar; 
  • Ao conhecer a geografia de uma província chega-se facilmente ao conhecimento de outra; 
     Para Maquiavel, um príncipe sábio deve observar essas coisas e jamais permanecer ociosos nos tempos de paz.

28 de outubro de 2012

Apascentando Ovelhas ou Entretendo Bodes?


Querido leitor, que tem acompanhado nosso blog e sabe que o nosso propósito é edificar o povo de Deus, estamos na semana da Reforma. Dia 31 de Outubro estaremos comemorando  495 anos da Reforma Protestante. A Reforma teve início já com os pre-reformadores, mas datamos a Reforma a partir do dia 31 de Outubro de 1517.

Hoje, em homenagem à Reforma, quero postar "apascentando ovelhas ou entretendo bodes?", do pastor reformado Charles H. Spurgeon. Um sermão bem conhecido, mas que vale a pena reler, pois é cada dia mais atual.

Seja edificado!

Pr. Gilson Soares dos Santos


APASCENTANDO OVELHAS OU ENTRETENDO BODES?

Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede.

O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar à Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse “e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho”. Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.

Em outra passagem encontramos: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?

Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e
seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? “Vós sois o sal da terra” (Mt.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi a expressão: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mt.8:22). Que seriedade impressionante!

Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: “Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!”

Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los.

Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: “Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!”

Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: “Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos”. Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles “viraram o mundo de cabeça para baixo”. Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.

Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permite aos negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falar e testificar! Permite que os sobrecarregados, que encontraram “paz” através de um concerto, não fiquem calados! Permite que o bêbado, para quem o entretenimento comovente tenha sido o elo de Deus no encadeamento de sua conversão, fique em pé! Não há contestação. A missão de entretenimento não produz convertidos.

O que os pastores precisam hoje, é crer no conhecimento aliado a espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.

Charles Haddon Spurgeon

27 de outubro de 2012

Aprendendo Sobre Louvor


APRENDENDO SOBRE LOUVOR

Pr. Gilson Soares dos Santos

Nós fomos criados para o louvor da Glória de Deus (Ef 3.1-14). Por meio do louvor é possível obter muitas conquistas na vida.

01 O QUE É LOUVOR?

Louvor, no contexto bíblico, é o ato de elogiar, exaltar, bendizer, glorificar e render honras e glórias ao Todo-Poderoso.

"O louvor a Deus é uma das características mais típicas da piedade bíblica. Desde o cântico de Moisés (Ex 15.1-19), o Senhor foi louvado por seus atos redentores.”

02 DE QUAIS MANEIRAS PODEMOS LOUVAR AO SENHOR?

Muita gente acredita que só louvamos ao Senhor quando cantamos. Essa concepção está errada. Existem diversas formas para louvarmos ao Senhor. Vejamos:

A - Cantando (Sl 100.2,4; Sl 146.2; Sl 147.2);

A música (o cântico) sempre fez parte dos cultos ao Senhor.

B - Com instrumentos (Sl 33.2,3; Sl 150.3-5);

O louvor instrumental também faz parte do louvor e adoração ao Senhor.  O Livro das Crônicas registram detalhadamente a instituição dos músicos para adoração no templo (I Cr. Capítulos 23 a 26.)

C - Com glorificação: Aleluia! Glória a Deus! Amém! (Lc 2.13,14; Sl 69.30; Ap 4.8);

Quando glorificamos ao Senhor com expressões como “Aleluia!”, “Glória a Deus!”, certamente estamos louvando ao Senhor. Isso pode ser feito durante todo o Culto, mas que seja com ordem e decência. 

E - Com palmas (Sl 47.1);

Louvar a Deus com as palmas é algo incentivado pela Bíblia. Porém as palmas devem se apenas para louvar a Deus, nunca para aplaudir alguém porque cantou bem ou para ovacionar algum grupo que se “apresentou”. As palmas podem ser usadas para acompanhar os hinos ritmados, mas sempre com muita ordem e decência.

F – E de outras maneiras;

Existem muitas maneiras para louvarmos e adorarmos ao Senhor, porém todas devem ter respaldo nas Sagradas Escrituras.

G – Devemos fazer da nossa conduta e de toda a nossa vida uma forma de louvor a Deus (Ef 1.12; Fp 1.11; Fp 4.8; I Pe 1.7; I Pe 2.9).

03 PODEMOS OBTER VITÓRIA POR MEIO DO LOUVOR E RECEBERMOS BÊNÇÃOS SOMENTE LOUVANDO A DEUS?

Sim. Vejamos:

A - O rei Josafá venceu uma guerra através do louvor (II Cr 20.20-25);

B -  Paulo e Silas venceram por meio do louvor (At 16.25-26);

C - O Salmo 18.3 diz que quando louvamos ao Senhor somos libertos dos inimigos.

04 O LOUVOR ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS É IMPORTANTE?

Sim. Vejamos:

A - Quando Davi tocava harpa o Espírito maligno saia de Saul (I Sm 16.14-23);

B - Quando Eliseu profetizava exigia um tocador de harpa para sentir-se inspirado (II Rs 3.14,15);

C - Os profetas na época de Saul profetizavam sob o som de instrumentos (I Sm 10.5).

05 É VERDADE QUE A BÍBLIA FALA DE CÂNTICOS ESPIRITUAIS?

Sim. Vejamos Cl 3.16.

06 É CORRETO O QUE ALGUNS CANTORES EVANGÉLICOS FAZEM, AO CANTAREM HINOS PARA ESPOSOS E ESPOSAS?

Quando lemos o livro de Cantares de Salomão ou Cânticos dos Cânticos, notamos que é um livro só de cânticos à pessoa amada. Mas devemos ter muito cuidado, pois há muita música romântica que não exaltam o poder de Deus. Há canções que idolatram a pessoa amada.

07 É PECADO CANTAR MÚSICA NÃO EVANGÉLICA?

O que a Bíblia diz no Salmo 150.6 responde esta pergunta.

Vejamos alguns problemas encontrados nas músicas que não louvam a Deus:

A – Músicas que incitam a sensualidade

O nosso corpo é templo do Espírito Santo (I Cor. 3:16; 6:19) e não devemos oferecê-lo como instrumento de pecado.

B – Músicas que incitam a violência, o alcoolismo e o sexo livre

A boca fala do que está cheio o coração (Mt. 12:34). O salvo não pode fazer uma apologia dos pecados sociais.

C – Músicas que cultuam a personalidade

Como um salvo pode proclamar que uma pessoa é a razão da sua vida, o ar que ela respira, sua paixão maior? A Bíblia nos ensina que o nosso maior esforço deve ser no sentido de amar e adorar intensamente o nosso Deus (Mt. 22:37). Cultuar uma personalidade é o mesmo que idolatria.

D – Músicas que cultuam a criação

Ambientalistas, naturalistas e várias ONGs têm tratado a criação como uma entidade própria, como uma “mãe natureza” com valores inerentes. A Bíblia nos ensina no entanto que a natureza não deve ser idolatrada e sim cuidada. O objeto não pode ser venerado e sim o criador.

E – Músicas que se prezam pela irracionalidade

Há tantas músicas que não dizem nada. São sons desconexos, palavras soltas, refrões imbecis. A orientação bíblica é para que da boca do crente saiam apenas palavras que edificam e abençoam.

08 PODEMOS LOUVAR A DEUS COM DANÇAS?

Os Salmos 149.3 e 150.4 mostram que sim. Mas devemos observar o seguinte:

A - A dança bíblica não contém movimentos sensuais, nem requebrados;

B - É difícil alguém dançar verdadeiramente louvando ao Senhor;

C - A dança bíblica não é com pares, nem desperta desejos;

D - A dança bíblica era como cantiga de roda. Por isso a palavra “dança” na Bíblia, tanto no hebraico quanto no grego, significa “rodar ou torcer”, “pular ou saltar”, “girar ou rodopiar”.

E - Não é aconselhável incluir a dança no louvor, pois as pessoas sempre levarão para o extremo;

F - Nos cultos do Novo Testamento não era incluída a dança (I Co 14.26).

09 EXISTE UM VERSÍCULO QUE DIZ QUE DEUS HABITA NO MEIO DOS LOUVORES?

Sim. Deus habita no meio dos louvores de Israel. Salmo 22.3.

10 EXISTE UM VERSÍCULO QUE DIZ QUE O LOUVOR LIBERTA?

Escrito dessa forma não. Há versículos que dão a entender isso. Por exemplo, Salmo 18.3.

11 QUE OUTRAS COISAS PODEMOS APRENDER SOBRE LOUVOR

A – Antes de cantar uma música, verifique se a letra dela não contém heresias.

B – Evite cantar aquelas “músicas gospel” que são verdadeiros “mantras”, que repetem a mesma frase, diversas vezes, para que o “adorador” entre em “transe”.

C – Busque as músicas que edificam o espírito, evite as que só “mexe o corpo”.

CONCLUSÃO
    
Louvar ao Senhor é muito bom. É maravilhoso. Por isso, louvemos ao Senhor: Cantando, com palmas, com glorificação, etc.

26 de outubro de 2012

Uma heresia em nome da ciência


UMA HERESIA EM NOME DA CIÊNCIA

Em nossa seção de Apologética, estamos postando um link que o levará a um estudo sobre evolucionismo, uma heresia em nome da ciência.

Para acessar o estudo, clique sobre o Link:


25 de outubro de 2012

Sonhador, Eu?


SONHADOR, EU?

Pr. Gilson Soares dos Santos


Na antiguidade clássica, os sonhos eram vistos como revelação ou profecias. As ciências modernas os lançaram para o campo das superstições.
     
Nos sonhos há um conteúdo latente e um conteúdo manifesto. Eles podem ser uma realização (mascarada) de um desejo (reprimido).
     
É óbvio, as informações acima tratam do sonho enquanto dormimos. Eu gostaria de falar dos sonhos que a gente sonha acordado.
     
Eu, por exemplo, sonho (acordado) com uma igreja onde nos domingos pela manhã a Escola Bíblica Dominical esteja repleta de alunos. Famílias inteiras participando. O esposo e a esposa, de mãos dadas, conduzindo os filhinhos para o estudo dominical.
    
Eu sonho (acordado) com os cultos do domingo à noite, a igreja lotada, louvor animado, adoração verdadeira, sorriso em cada rosto, restauração, quebrantamento, mensagem transformadora, pregação desafiadora, sermão impactante, o evangelho da graça mudando vidas, transformando corações.
     
Eu sonho (acordado) com os cultos de oração fervorosos, igreja cheia, oração de confissão, oração intercessora, oração poderosa. Jovens, adolescentes, crianças, adultos, liderança, todos chorando, sendo quebrantados pelo Espírito Santo do Senhor.
     
Eu sonho (acordado) com os cultos de doutrina essenciais. Famílias inteiras buscando ouvir a Palavra e colocá-la em prática.
     
Eu sonho (acordado) com uma igreja evangelizadora, que aproveite cada minuto, cada segundo, na pregação do evangelho.

Sonhador, esse menino!!!

"O que é impossível aos homens é possível para Deus!"

24 de outubro de 2012

Bizarrice Católica: Michel Teló Embala Procissão


Vasculhando na internet, deparei-me com este vídeo que mostra uma procissão do Cristo do catolicismo. O que chama a atenção é que a música que a banda toca é "ai se eu te pego!" do Michel Teló. Uma música nada compatível com uma procissão.

Não sei se as pessoas escolheram a música inocentemente ou fizeram isso de propósito. É mais um elemento estranho no catolicismo: procissão "sagrada" ao som de música profana.

Veja o vídeo:



Nada mais a comentar...

Pr. Gilson Soares dos Santos

23 de outubro de 2012

Psicopaniquia: O Que é, e o Que a Bíblia diz Sobre Isto?


PSICOPANIQUIA: O SONO DA ALMA

Pr. Gilson Soares dos Santos

Como fica uma pessoa quando morre? Consciente? Inconsciente? Dormindo e sonhando? São dúvidas que têm atacado o intelecto de muita gente. O que a Bíblia diz?

     

Inúmeras seitas tentam explicar, fora da Bíblia, a situação do ser humano após sua partida deste mundo. Todas acabam em heresias, como é o caso dos psicopaniquianos, que estudaremos agora.

1 O que é Psicopaniquia

Esta teoria (ou doutrina) ensina que a alma do ser humano fica num estado inconsciente após a morte, o chamado “sono da alma”. Esse ensino diz que “a alma fica dormente no corpo decomposto, física e quimicamente dissolvido e reintegrado aos elementos originais (pó da terra)".
     
Filosoficamente esta doutrina diz que a consciência, o raciocínio e a compreensão são funções cerebrais. Morto o cérebro, ficam liquidadas a cognição e a volição, por isso a alma fica em estado de inatividade completa.

2 Seitas que defendem a psicopaniquia

- Os Psicopaniquianos defendiam e difundiam essa heresia na Idade Média.

- Os anabatistas apregoavam esse ensino na época da reforma.

- Os irvingitas ingleses ensinavam.

- Os Adventistas do Sétimo dia apregoam esse ensinamento, baseados nos escritos de Ellen White e Spicer, e dizem: “Os que descem à sepultura estão em silêncio”; “O Estado a que somos reduzidos pela morte é de silêncio, de inatividade e de inteira inconsciência”.


- Alguns teólogos liberais defendem essa heresia.


3 Com fica a alma no estado intermediário

O estado intermediário é o período que vai desde o momento da morte até o momento da ressurreição. Nesse período como fica a alma do ser humano?

3.1 – Fica em estado de plena consciência

- Em Ec 12.7 a Bíblia nos diz: “E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus que o deu”. Se o espírito volta a Deus, então ele volta consciente. Por quê? Porque todo espírito é consciente. Vejamos o seguinte: Os anjos são espíritos e são conscientes. Eles não têm cérebro como os humanos, mas são conscientes. Deus é espírito e é consciente. Logo, o espírito do homem é consciente. A alma continua consciente pós-morte.

- Em Lc 23.34 Jesus disse ao ladrão: “Hoje estarás comigo no Paraíso”. Se o ladrão fosse morrer e ficar inconsciente, como poderia perceber que estava no Paraíso?

- Em I Pe 3.19 a Bíblia nos diz que Jesus após sua morte foi e pregou aos espíritos em prisões. Isso implica em dizer que o espírito do homem pode ouvir e entender, porque está consciente. É claro, sobre a pregação de Cristo aos espíritos em prisões existem outros pontos de vista, sobre os quais trataremos em outra oportunidade.

- Em Ap 6.9-11 a Bíblia nos mostra as almas dos servos de Deus em perfeito estado de consciência, pedindo justiça.

- Na parábola do rico e Lázaro é possível percebermos o total estado de consciência do homem após a morte (Lc 16.19-31).


Todos os que já partiram desta vida estão em estado de consciência. Tanto os que partiram salvos quanto os que partiram para a perdição eterna.

22 de outubro de 2012

Diálogos Com o Pr. Gilson sobre Blaise Pascal


DIÁLOGOS COM O PR. GILSON SOBRE BLAISE PASCAL

Gilson Soares dos Santos

Blaise Pascal, matemático, cientista e filósofo francês, nasceu em Clermont em 1623 e morreu em 1662. Foi o inventor da calculadora. O que chama a atenção em Pascal é sua defesa da fé em Deus, uma fé ligada ao cristianismo, chegando a elaborar um projeto de uma Apologia ao Cristianismo, cujos fragmentos estão ordenados em os pensamentos. É dele a frase “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
   
Quero, nesta postagem, em forma de uma conversa, trazer um pouco sobre o filósofo Blaise Pascal. Os nomes das personagens abaixo, Theo, Filó e Sofia, são, é claro, fictícios. Porém o assunto sobre Pascal é verdadeiro.

THEO: Gostaria que o senhor, Pr. Gilson, em rápidas palavras, levantasse a biografia de Blaise Pascal. É possível?

PR. GILSON: Eu posso dizer que ele era francês, nasceu em Clermont em 1623 e morreu em 1662. Era um filósofo, considerado cristão, e muito inteligente. Mas quem melhor descreve Pascal é a sua irmã Gilberte Périer, que foi quem escreveu a biografia de Pascal. Ela diz sobre ele o seguinte: “Tão logo meu irmão alcançou a idade da razão, deu sinais de inteligência extraordinária, seja com pequenas respostas dadas a propósito de diversas coisas, seja com certas perguntas sobre a natureza das coisas que surpreendiam a todos.”. Gilberte, a irmã de Pascal, diz que ele nunca foi ao colégio, mas foi educado por seu pai, o senhor Etiene Pascal.

FILÓ: O que havia de tão especial em Pascal para deixar sua irmã admirada?

PR. GILSON: Pascal com 16 anos de idade completou um tratado original sobre as seções cônicas, contribuiu para o desenvolvimento do cálculo diferencial e originou a teoria matemática da probabilidade. Com 18 anos inventou a máquina aritmética, a primeira calculadora, e com 23 anos inventou a experiência do vazio, demonstrando que todos os fenômenos até então atribuídos ao vazio são, ao contrário, causados pelo peso do ar.

SOFIA: O que são seções cônicas?

PR. GILSON: Seção cônica “é um corte em cones completos por meio de um plano paralelo, não-paralelo ou perpendicular ou a um plano de referência. Estas seções geram as curvas cônicas nas interseções da superfície do cone com os planos cortantes.” Eu acho melhor a gente não ir atrás desses detalhes no estudo de Pascal, a gente pode perder o foco.

SOFIA: Concordo. Essa definição quase me dá um nó na mente.

FILÓ: Eu li um artigo sobre uma tal “aposta de Pascal”, e li que essa é a parte mais importante de sua filosofia. É verdade? E o que é essa “aposta de Pascal?”

PR. GILSON: Eu não diria que a “aposta de Pascal” é a parte mais importante de sua filosofia. Toda a filosofia de Pascal é importante.

FILÓ: Mas, o que é essa aposta?

PR. GILSON: A aposta de Pascal consiste no seguinte:

     - Para Pascal, não podemos saber pela razão se Deus existe. Mas também não podemos provar, pela razão, que ele não existe.
     - Para ele, não podemos provar, pela razão, que existe uma pós vida. De igual modo não podemos provar, pela razão, que não existe uma pós vida.
     - Então, Pascal diz que, nesse caso, é preciso apostar, ou seja, fazer uma escolha. Não existe um meio termo. Ou eu acredito que Deus existe ou eu descreio de sua existência. Ou eu acredito em vida após a morte ou não acredito. De um jeito ou de outro, estou apostando.

FILÓ: E o resultado dessa aposta...

PR. GILSON: Segundo Pascal, o homem só saberá o resultado da sua aposta depois que morrer.

THEO: Sim. Mas o que há de extraordinário nessa aposta de Pascal para ser considerado a parte interessante da sua filosofia?

PR. GILSON: O que há de interessante é o seguinte:

     - Se alguém apostar que Deus existe. Acreditar em Deus e viver segundo seus padrões. E depois da morte Deus não existir, o que essa pessoa perdeu? Segundo Pascal, nada.

     - Porém, se alguém apostar que Deus não existe. Não acreditar em Deus nem viver segundo seus padrões. E depois que essa pessoa morrer, chegar do outro lado, descobrir que existe vida após a morte e que existe um Deus que está lá lhe esperando para dar uma sentença de condenação. O que essa pessoa perdeu? Segundo Pascal, tudo.

     - Para Pascal, mesmo que não se possa provar a existência de Deus ou do pós vida, é uma boa aposta acreditar neles. Não temos nada a perder.

SOFIA: Interessante essa “aposta de Pascal”.

PR. GILSON: Para alguns crentes a “aposta de Pascal” é boa, porque:

     - Se Deus não existe, a vida do crente é uma vida maravilhosa de qualquer forma. Se ele existe, muito mais ainda. Além dessa vida ser maravilhosa, a próxima será ainda melhor.

THEO: Então, a aposta a favor da existência de Deus é uma coisa boa.

PR. GILSON: A questão toda é a seguinte: será que uma pessoa que aposta na existência de Deus, mas coloca a possibilidade dele não existir, está agradando a Ele? O texto de Hebreus 11.6 diz que é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, pois todo pensamento diferente disto é falta de fé e, segundo o mesmo texto “sem fé é impossível agradar a Deus”.

FILÓ: Isto quer dizer que uma pessoa que crê em Deus, mas duvida que ele realmente exista, pode estar condenada.

PR. GILSON: Para Pascal, a aposta não pode ser evitada. Devemos crer ou não na existência de Deus. E, para ele, supor que não há Deus alem da sepultura é uma aposta perigosa.

THEO: Eu vou apostar na existência de Deus.

SOFIA: E quem não vai?

FILÓ: Eu acho que muitos não apostam na existência de Deus.

PR. GILSON: Para agradar a Deus é preciso crer que ele existe. Pascal, embora tenha pregado sobre a aposta, realmente acreditava em Deus e procurava servi-lo com lealdade.

SOFIA: Alguém tentou provar que essa aposta de Pascal era vã?

PR. GILSON: Um ateu chamado George Smith chegou a afirmar que quem aderia a aposta de Pascal perdia muito. Ele afirmou que a pessoa perde integridade intelectual. Perde também a auto estima e uma vida passional satisfatória. Para ele aceitar a aposta de Pascal é abrir mão da vida e da felicidade. Porém Pascal como um bom cristão sempre mostrou que apostar em Deus trazia felicidade no presente e realização futura.

SOFIA: Quais as provas de que Pascal era realmente um cristão?

PR. GILSON: Os seus escritos comprovam isto. Na noite do dia 23 de novembro de 1654, Pascal escreveu o memorial. Esse memorial Pascal costurou em sua roupa e o manteve assim até o resto de sua vida. Quando Pascal faleceu, um empregado seu descosturou o memorial de sua roupa.

THEO: O que tinha nesse memorial?

PR. GILSON: O memorial começa com uma invocação ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. E termina com as seguintes palavras:

"Jesus Cristo. Jesus Cristo. Eu dele me havia separado; eu o afastei, o reneguei e o crucifiquei. Que nunca mais dele me separe. Que só permaneça nos caminhos ensinados pelo Evangelho. Renuncia total e doce. Completa submissão a Jesus Cristo e a meu diretor. A alegria eterna por um dia de prova sobre a terra. Non obliviscar sermones tuos. Amem."

THEO: É verdade que Pascal disse: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”?

PR. GILSON: É sim. É dele esta famosa frase. Ele a usou enquanto tratava das questões referentes à razão e a fé. Pascal fez oposição a Descartes, porém não excluiu o uso da razão para apoiar as verdades da fé cristã.

THEO: Podemos dizer que Pascal usava uma apologética racional para defender as verdades cristãs?

PR. GILSON: Pascal usava a evidência, embora tenha afirmado que tentar provar a existência de Deus é um sinal de fraqueza. Ele chegou a apresentar doze provas do cristianismo.

SOFIA: Pascal foi condenado à morte?

PR. GILSON: Não. Blaise Pascal morreu de tumor abdominal, precisamente à 1 hora do dia 19 de Agosto de 1662. Aos trinta e nove anos e dois meses de idade. Antes de sua morte, havia escrito a famosa Oração para pedir a Deus o bom uso das doenças.

FILÓ: Que oração! O que ele diz nessa oração?

PR. GILSON: Um pequeno resumo dela:

"Não vos pego saúde, nem doença, nem vida, nem morte, mas sim que disponhais de minha saúde e de minha doença, de minha vida e de minha morte, para vossa gloria, para minha salvação e para o beneficio da Igreja e de vossos santos, dos quais espero fazer parte por vossa graça. Só vós sabeis aquilo que é adequado para mim: sois o Senhor supremo, fazei o que quiserdes. Dai-me ou retirai de mim, mas conformai minha vontade à vossa. E que, com submissão humilde e perfeita e com santa confiança, eu me disponha a receber as ordens de vossa providência eterna. e que eu adore igualmente tudo aquilo que me vem de vós".

THEO: Essas foram as últimas palavras dele?

PR. GILSON: Não. Suas últimas palavras foram “que o Senhor nunca me abandone!”.

THEO: O cara era um crente.

PR. GILSON: E linda a história de Pascal e muito boa sua filosofia. Embora Voltaire tenha afirmado que Pascal incentivava ao fanatismo.

SOFIA: Vai nos recomendar algum livro para leitura?

PR. GILSON: Para saber mais sobre Pascal, é bom ler: PASCAL, da coleção OS PENSADORES da Editora Abril. Recomendo também ENCICLOPÉDIA DE APOLOGÉTICA de Norman Geisler, Editora Vida. E ainda o Volume 4 da coleção HISTÓRIA DA FILOSOFIA de Giovani Reale e Dario Antiseri.