O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

31 de janeiro de 2016

Consciência Cristã e Nova Consciência: um esclarecimento necessário


CONSCIÊNCIA CRISTÃ E NOVA CONSCIÊNCIA: UM ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO

Pr. Gilson Soares dos Santos

Tem gente pensando que o Encontro Para a Consciência Cristã, realizado pela VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã) e o Encontro para a Nova Consciência, promovido pela ONG Nova Consciência, são o mesmo evento. A resposta é “não”. Reafirmando: não são o mesmo evento. São eventos antagônicos. Pretendemos, nessa postagem, esclarecer essa confusão.

Na cidade de Campina Grande – PB, no período do carnaval, são realizados vários eventos que buscam tratar das questões imateriais do ser humano, tais como, MIEP (Movimento de Integração do Espírita Paraibano), CRESCER (evento católico), Encontro para a Nova Consciência e Encontro para a Consciência Cristã. Os dois últimos tem sido motivo de confusão para algumas pessoas. É que alguns confundem os dois eventos, crendo que sejam o mesmo.

O Encontro para a Nova Consciência tem estreita ligação com a Nova Era, a Nova Consciência Cósmica. É um evento que tem como finalidade promover o ecumenismo em seu sentido mais amplo, buscando a unidade entre as religiões. O evento busca, de maneira esotérica, unir pessoas de todos os credos e religiões em busca da paz, através da tolerância e, como eles afirmam, do respeito e do amor, buscando o diálogo inter-religioso.

O Encontro para a Consciência Cristã é um evento Cristocêntrico. A finalidade é pregar o genuíno Evangelho do Senhor Jesus Cristo, conforme está nas Sagradas Escrituras. O Encontro para a Consciência Cristã busca ensinar as doutrinas bíblicas. Por isso, traz pregadores e cantores que tenham compromisso com a Verdade das Escrituras Sagradas.

Os encontros (da Nova Consciência e da Consciência Cristã) são antagônicos. Enquanto a Nova Consciência abraça a Nova Era, que, segundo John Stott, “é uma mistura bizarra de diversas crenças, incluindo religião e ciência, física e metafísica, panteísmo antigo e otimismo evolucionista, astrologia, espiritismo, reencarnação, ecologia e medicina alternativa”, a Consciência Cristã, por sua vez, abraça a Cosmovisão Cristã, onde todas as coisas devem ser vistas a partir da visão cristã estabelecida nas Escrituras.

Fica, então, esclarecido que o Encontro para a Nova Consciência e o Encontro para a Consciência Cristã, embora ambos aconteçam em Campina Grande – PB, no mesmo período (de carnaval), são eventos diferentes e antagônicos. Quem chega em Campina Grande, nessa época, deve ter muito cuidado para não para não confundir os eventos.

Em tempo: quero convidar o (a) querido (a) leitor (a) a comparecer ao Encontro para a Consciência Cristã e ser grandemente abençoado com a pregação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Começa nesta Quinta-Feira, dia 04 de Fevereiro de 2016, às 19:00h, no Parque do Povo em Campina Grande – PB.

27 de janeiro de 2016

18º Encontro para a Consciência Cristã: e em nenhum outro há salvação


            18º ENCONTRO PARA A CONSCIÊNCIA CRISTÃ: E EM NENHUM OUTRO HÁ SALVAÇÃO


Falta pouco para o 18º Encontro para a Consciência Cristã, que acontecerá de 04 a 09 de fevereiro de 2016, no Complexo do Parque do Povo, em Campina Grande, Paraíba. Com o tema “E em Nenhum Outro Há Salvação”, o evento terá a participação de vários preletores reconhecidos nacional e internacionalmente, que ministrarão palestras e plenárias durante os seis dias de encontro.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Consciência Cristã terá a realização das grandes plenárias. Estas acontecerão no Pavilhão Consciência Cristã, estrutura a ser montada na parte superior do Parque do Povo. As plenárias ocorrerão nas seis noites e em quatro manhãs do evento, e terão momentos de louvor e ministração da Palavra. A partir do dia 06 de fevereiro, sábado, as plenárias ocorrerão pela manhã e à noite, e terão dois momentos de pregação.

O Encontro para a Consciência Cristã terá ainda programações na parte da tarde. São os eventos paralelos, que terão diversos seminários voltados para vários públicos. As palestras desses eventos ocorrerão em locais adjacentes ao Parque do Povo, e tratarão de temas variados, como missões, fé e ciência, feminilidade, liderança, teologia, apologética e outros.

As plenárias noturnas da Consciência Cristã 2016 serão abertas ao público. Já as plenárias matutinas e os eventos paralelos requerem inscrição prévia.

As plenárias e seminários serão ministrados por 32 preletores já confirmados pela organização do evento, nomes conhecidos nacional e internacionalmente. Russell Shedd, Augustus Nicodemus, Hernandes Dias Lopes, Franklin Ferreira, Heber Campos Jr., Solano Portela Neto, Jonas Madureira, Norma Braga, Renato Vargens, Sillas Campos e Ciro Sanches Zibordi são alguns dos palestrantes confirmados, além de Conrad Mbewe, pastor batista nativo de Zâmbia, região centro-sul da África, que estará pela primeira vez no encontro.

Mas essas não serão as únicas atividades da Consciência Cristã. Paralelamente às plenárias, acontecerá o 14º Consciência Cristã Kids, evento destinado às crianças. Ali, os menores de 12 anos poderão ter momentos de louvor e de Palavra em uma linguagem específica para eles, também com mensagens voltadas para o tema “E em Nenhum Outro Há Salvação”. Para participar, as crianças deverão ser levadas ao Pavilhão Kids, também no Parque do Povo, por seus pais ou responsáveis. A entrada é gratuita. Haverá ainda o 6º Consciência Cristã Teen, evento paralelo destinado a adolescentes entre 13 e 18 anos. O evento acontecerá paralelamente às plenárias noturnas, no Pavilhão da Juventude, entre os dias 06 e 09 de fevereiro, e também terá entrada gratuita.

A 18ª Consciência Cristã também terá a 4ª Feira do Livro da Consciência Cristã, a FELICC, que mais uma vez contará com a participação de algumas das principais editoras evangélicas do país – Sociedade Bíblica do Brasil,  CPAD, Fiel, Vida, Hagnos, Vida Nova, Cultura Cristã, PES, Mundo Cristão, Pão Diário, Esperança, AD Santos, Nustra e Visão Cristã, selo editorial oficial do evento. A ser montada na Pirâmide do Parque do Povo, a feira disponibilizará milhares de títulos a preços especiais, tratando de vários temas de interesse à comunidade cristã.

Os organizadores do Encontro para a Consciência Cristã ainda oferecem suporte a caravanas que desejem participar do evento, e que estejam interessadas em hospedagem alternativa. A VINACC, entidade realizadora do encontro, auxilia grupos, de no mínimo 15 pessoas, que tenham interesse em se hospedar em locais como escolas e igrejas de Campina Grande.

FONTE:

http://conscienciacrista.org.br/entenda-o-formato-do-18o-encontro-para-a-consciencia-crista/

19 de janeiro de 2016

Nota pública sobre debates entre calvinistas e arminianos

NOTA PÚBLICA SOBRE DEBATES ENTRE CALVINISTAS E ARMINIANOS

Diante da recorrência de discussões e ataques pessoais realizados no âmbito eclesiástico, na internet e nas redes sociais, especialmente entre calvinistas e arminianos para a defesa de posições teológicas, NÓS, abaixo subscritos, vimos a público emitir a presente nota:

Reconhecemos a importância e a historicidade do debate teológico dentro da tradição cristã como meio de defesa e salvaguarda da verdade e, consequentemente, da ortodoxia bíblica.

Apoiamos a produção e a reflexão teológica realizada no ambiente da internet, em virtude de seu caráter democrático e do livre curso de ideias, como corolário da Reforma Protestante.

Repudiamos, todavia, que para a defesa de posições teológicas haja discussões e ataques pessoais realizados em nome da fé, que promovem dissensões, inimizades e escândalo ao nome de Cristo. Rejeitamos, assim, todo e qualquer conteúdo difamatório, ofensivo e jocoso, ainda que a pretexto do humor, produzido contra irmão de vertente religiosa diversa, que atente contra sua honra e imagem.

Entendemos incompatíveis com os preceitos que devem reger a conduta dos discípulos do Mestre posturas antiéticas que estimulam a zombaria, o desrespeito e o escárnio, baseado em dolo, distorções e mentiras.

Discordamos das publicações anônimas, especialmente quando realizadas com o objetivo de provocar animosidade e discórdia entre os cristãos. Além de ser proibido constitucionalmente (Art. 5o, IV), o anonimato atenta contra os princípios bíblicos da transparência (2Co 3.18), sinceridade (Tt 2.7) e honestidade (1Tm 2.2).

Relembramos que a calúnia, a injúria e a difamação são crimes contra a honra, de acordo com o Código Penal Brasileiro, os quais não se coadunam com o caráter do verdadeiro cristão, que deve expressar o fruto do Espírito (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança), conforme Gálatas 5.22.

Aconselhamos os cristãos piedosos a não dar audiência a páginas e grupos que promovam tais ofensas.

Defendemos e incentivamos a exposição de convicções cristãs, bem como o debate teológico na internet e nas redes sociais, de modo irênico, ou seja, de espírito pacífico (Rm 12.18), com cordialidade e respeito. A discordância e a confrontação das ideias alheias, quando for o caso, devem ser conduzidas com ética, honestidade intelectual e de maneira objetiva, sem denegrir e atacar o oponente.

Asseveramos que a produção teológica é, sobretudo, um ato de glorificação a Deus. Discussões, pois, que se desenvolvem com o único propósito de vencer desavenças intelectuais, baseadas em disputas do ego, estão longe de honrar o nome de Cristo. A determinação bíblica de “falar o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1) exige coragem, mas também responsabilidade, para os cristãos em geral e os pastores em particular, os quais devem ser, dentre outras coisas, “irrepreensíveis, honestos, moderados, aptos a ensinar, não contenciosos…” (1 Tm 3.2,3).

Citamos, a propósito, as palavras de J.I. Packer: “Se a nossa teologia não nos reaviva a consciência nem amolece o coração, na verdade endurece a ambos; se não encoraja o compromisso da fé, reforça o desinteresse que é próprio da incredulidade; se deixa de promover a humildade, inevitavelmente nutre o orgulho. Assim, aquele que expõe teologia em público, seja formalmente, no púlpito ou pela imprensa, ou informalmente, em sua poltrona, deve pensar muito sobre o efeito que seus pensamentos terão sobre o povo de Deus e outras pessoas”.

Recomendamos, assim, a importância da constante elevação bíblica e espiritual do nível dos debates teológicos. E caso nos deparemos com um irmão em Cristo com postura inadequada e não condizente com a ética e pratica cristãs, que ele seja repreendido, mas que em tal ato não falte educação e principalmente amor.

Reconhecemos as diferenças marcantes historicamente existentes entre as tradições calvinistas e arminianas, notadamente em referência à doutrina da salvação. Todavia, tais divergências teológicas não suplantam a comunhão cristã que deve haver entre os irmãos dessas duas vertentes da cristandade. Em uníssono, à luz das Escrituras Sagradas, enfatizamos que a salvação somente se alcança em Cristo somente, mediante a graça somente, pela fé somente (Rm 3.24; Ef 2.8; Tt 2.11).

Finalizamos com a menção ao episódio em que o calvinista George Whitefield foi perguntado se esperava ver o arminiano John Wesley nos céus. Sua resposta foi: “Não. John Wesley estará tão perto do Trono da Glória, e eu tão longe, que dificilmente conseguirei dar uma olhadela nele”. Assim se tratam verdadeiros cristãos que discordam em questões de soteriologia, mas que não fazem nada por contenda ou vanglória, e consideram os outros superiores a si mesmos (Fp 2.3). E, sobretudo, estes sabem o preço custoso com que foram comprados por Cristo Jesus.

18 de janeiro de 2015.

·         Augustus Nicodemus Lopes, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO.
·         Altair Germano, pastor da Assembleia de Deus – Itália, escritor.
·         Carlos Kleber Maia, pastor da Assembleia de Deus – RN, escritor de obra arminiana.
·         César Moisés de Carvalho, pastor da Assembleia de Deus, teólogo, escritor.
·         Ciro Sanches Zibordi, pastor da Assembleia de Deus na Ilha da Conceição em Niterói – RJ, escritor e articulista.
·         Clóvis José Gonçalves, membro da igreja O Brasil para Cristo e editor do blog Cinco Solas.
·         Davi Charles Gomes, Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP.
·         Euder Faber Guedes Ferreira, pastor, presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã).
·         Solano Portela Neto, presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil, conferencista e autor reformado.
·         Franklin Ferreira, pastor batista, diretor geral do Seminário Martin Bucer-SP.
·         Geremias do Couto, pastor da Assembleia de Deus, escritor.
·         Glauco Barreira Magalhães Filho, pastor batista – CE, professor universitário, escritor.
·      Gutierres Fernandes Siqueira, membro da Assembleia de Deus – SP, editor do blog Teologia Pentecostal.
·         Helder Cardin, pastor batista, reitor do Seminário Palavra da Vida-SP.
·         Jamierson Oliveira, pastor batista, teólogo, escritor.
·         Jonas Madureira, pastor batista, editor de Edições Vida Nova e professor do Seminário Martin Bucer.
·         José Gonçalves, pastor da Assembleia de Deus – PI, teólogo, escritor.
·         Magno Paganelli, pastor da Assembleia de Deus – SP, teólogo, escritor.
·         Marcos Antônio Moreira Guimarães, professor de teologia, obreiro da Assembleia de Deus – MT.
·         Mauro Fernando Meister, diretor do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper-SP.
·         Norma Cristina Braga Venâncio, escritora, membro da Igreja Presbiteriana do Pirangi, Natal-RN.
·         Paulo Romeiro, pastor, teólogo, escritor.
·         Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança de Niterói-RJ.
·         Solon Diniz Cavalcanti, pastor, teólogo, presidente do CEAB Transcultural.
·         Thiago Titillo, pastor batista, professor, escritor.
·     Tiago José dos Santos Filho, pastor batista, editor-chefe da Editora Fiel, diretor pastoral do Seminário Martin Bucer-SP.
·         Uziel Santana, presidente da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos).
·    Valdeci do Carmo, obreiro da Assembleia de Deus, teólogo, coordenador do curso de Teologia das Faculdades Feics, Cuiabá/MT.
·       Valmir Nascimento Milomem Santos, teólogo da Assembleia de Deus, professor universitário, editor da revista Enfoque Teológico.
·        Wallace Sousa, evangelista da Assembleia de Deus, DF, escritor, pós-graduado em teologia, coordenador da União de Blogueiros Evangélicos.
·         Wellington Mariano, pastor da Assembleia de Deus, escritor e tradutor de obras arminianas.
·         Wilson Porte Junior, pastor batista e professor do Seminário Martin Bucer.
·     Zwinglio Rodrigues, pastor batista, escritor de obra arminiana.

FONTE:

http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/01/nota-publica-sobre-debates-teologicos-entre-calvinistas-e-arminianos/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29.

18 de janeiro de 2016

O Gnosticismo na História Ilustrada do Cristianismo de Justo González


O GNOSTICISMO NA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO DE JUSTO GONZÁLEZ

De todas as diversas interpretações do cristianismo que apareceram no século II, nenhuma foi tão perigosa, nem esteve tão perto de triunfar, corno o gnosticismo. Este não foi um grupo ou uma organização compacta que surgiu diante da igreja, mas foi, antes de tudo, um movimento que existiu tanto dentro do cristianismo como fora dele e que, dentro do cristianismo, tratava de reinterpretar a fé em termos inaceitáveis para os demais cristãos.
Como movimento, o gnosticismo foi sempre amorfo, o que tomava impossível assinalar um chefe. Basílides, Valentino e outros foram mestres gnósticos, cada qual com suas doutrinas e seus discípulos. Mas o sincretismo do gnosticismo era tal que suas doutrinas e escolas se confundiam, e no dia de hoje é bem difícil ao historiador distinguir entre elas.
O termo “gnosticismo” vem da palavra grega “gnosis”, que quer dizer “conhecimento”. Segundo os gnósticos, sua doutrina era um conhecimento especial, reservado para quem possuísse verdadeiro entendimento. Além disso, parte dessa doutrina consistia na chave secreta mediante a qual se alcança a salvação.
A salvação era a preocupação principal dos gnósticos. Baseados em muitas doutrinas que circulavam nessa época, os gnósticos criam que tudo o que fosse matéria era necessariamente mau. O ser humano, segundo eles, é um espírito eterno que, de algum modo, ficou encarcerado neste corpo. Já que o corpo é cárcere do espírito, e já que oculta a nossa verdadeira natureza, o corpo é mau. O propósito último do gnóstico é, então, escapar deste corpo e deste mundo material no qual estamos como que exilados.
A imaginação do exílio é fundamental para o gnosticismo. Este mundo não é o nosso verdadeiro lar. Ainda mais, este mundo, como o corpo, é material, e não é senão um cárcere para o espírito e um obstáculo para a salvação.
Como explicar, então, a origem do mundo e do corpo? Os gnósticos afirmam que originalmente toda a realidade era espiritual. O Ser Supremo não tinha intenção alguma de criar um mundo material, mas apenas um mundo espiritual. Com esse propósito, foram criados vários seres espirituais. Cada mestre gnóstico oferecia uma lista distinta de tais seres, e alguns chegavam até 365 seres distintos. Em todo caso, um desses seres espirituais, distante do ser supremo, foi o causador deste mundo. Segundo alguns gnósticos, o que sucedeu foi que Sofia ou Sabedoria — assim se chamava aquele ser espiritual quis produzir algo por si só, e o resultado foi um “aborto”. Esse é o nosso mundo: um aborto do espírito, e não uma criação de Deus.
Mas — continuam os gnósticos — já que este mundo foi criado por um ser espiritual, ficaram nele algumas “centelhas” ou “faíscas" do espírito. Esses elementos espirituais são os que estão encerrados dentro dos corpos humanos, e que é necessário libertar.
A fim de chegar a essa libertação, é necessário que venha um mensageiro do reino espiritual. A função desse mensageiro consiste antes de tudo em despertar-nos de nosso “sono”. Nossos espíritos estão “adormecidos” dentro de nossos corpos deixando-se levar pelos impulsos e as paixões do corpo, e é necessário que alguém venha de fora para nos despertar e recordar quem somos, incitando-nos assim a lutar contra nosso encarceramento.
Além disso, esse mensageiro deve nos dar outra informação (gnosis) necessária para nossa libertação. Acima da terra encontram-se as esferas celestiais. Cada uma delas é governada por um poder maligno, cuja função consiste em nos manter prisioneiros. Para chegar ao reino puramente espiritual, temos de atravessar essas esferas. E o único modo de fazê-lo é possuindo o conhecimento secreto que nos abrirá as portas a cada passo, algo como um santo e uma senha sem os quais o caminho nos será vedado. O mensageiro celestial foi enviado então para nos comunicar esse conhecimento secreto, sem o qual não há salvação.
No gnosticismo cristão — também havia gnósticos fora do cristianismo — esse mensageiro é Cristo. Segundo os gnósticos cristãos, o que Cristo fez foi vir à terra para nos recordar de nossa origem celestial e para nos dar o conhecimento secreto sem o qual não poderemos regressar às moradas espirituais.
Já que Cristo é um mensageiro celestial, e já que o corpo e a matéria são maus, a maioria dos gnósticos cristãos pensava que Cristo não podia ter tido um corpo como o nosso. Alguns diziam que seu corpo era pura aparência, uma espécie de fantasma que parecia ter corpo físico por meios milagrosos. Outros diziam que tinha corpo, mas que esse corpo era feito de uma “matéria espiritual” distinta do nosso corpo. A maioria negava o nascimento de Jesus, pois tal nascimento o havia colocado sob o poder deste mundo material. Essas doutrinas acerca do Salvador recebem o nome de “docetismo” — de uma palavra grega que quer dizer “aparentar”, pois o que essas doutrinas implicam, de um modo ou de outro, era que o corpo de Jesus era uma aparência.
Segundo os gnósticos, nem todos os seres humanos têm espírito. Alguns são apenas seres carnais; em razão disso, estão irremediavelmente condenados à destruição quando este mundo físico for destruído. Quanto aos espíritos encarcerados dentro dos “espirituais”, no final serão salvos, porque sua natureza é espiritual e necessariamente tem de voltar para o reino do espírito.
Porém, nesse ínterim, como viveremos aqui nesta vida? Diante dessa pergunta, os gnósticos respondiam de dois modos distintos. A maioria dizia que, já que o corpo é o cárcere do espírito, o que temos de fazer é castigar o corpo, para debilitar seu poder sobre o espírito, e para que suas paixões não nos arrastem. Outros, em troca, sustentavam que já que o espírito é por natureza bom, e nada pode destruí-lo, o que devemos fazer é dar liberdade total ao corpo e a suas paixões. Em consequência, enquanto alguns gnósticos advogavam ascetismo extremo, outros praticavam a libertinagem.
Durante o século II, o gnosticismo foi séria ameaça para o cristianismo. Os principais dirigentes da igreja se opuseram tenazmente a ele, porque viam nele uma negação de várias das principais doutrinas cristãs: a criação, a encarnação, a ressurreição etc.

Extraído, na íntegra, de:

História Ilustrada do Cristianismo, Volume I, Justo L. Gonzalez, Edições Vida Nova, Pag. 64-65.

14 de janeiro de 2016

A morte do humorista Shaolin: O céu não ficou "mais alegre"


A MORTE DO HUMORISTA SHAOLIN: O CÉU NÃO FICOU “MAIS ALEGRE”.

Pr. Gilson Soares dos Santos

O ator e comediante Francisco Josenilton Veloso, o Shaolin, faleceu neste dia 14 de Janeiro de 2016, aos 44 anos de idade, após uma parada cardiorrespiratória, em Campina Grande – PB. O humorista, em Janeiro de 2011, sofreu um acidente na BR-230, em Campina Grande. Foi socorrido para um hospital da cidade, depois passou cinco meses internado no Hospital das Clinicas, em São Paulo e, posteriormente, passou a receber cuidados médicos em casa, o que acontecia desde 2011. O comediante passou a se comunicar e interagir com a família apenas com os olhos e expressões faciais. Na madrugada desta quinta-feira, 14 de Janeiro de 2016, faleceu.

Eu poderia falar muitas coisas sobre Shaolin. Poderia “garimpar” nos noticiários e encontrar recursos para ornamentar esse pequeno artigo, falando sobre o talentoso comediante paraibano que, certamente, faz falta ao mundo do humor. Sei que encontraria muitas coisas enriquecedoras para um artigo que pretendesse falar diretamente do humorista. Porém, quero falar do céu.

Quero tratar sobre uma frase que ouvi de um radialista, o qual afirmava que a terra amanhecera mais triste, e o céu, mais alegre. Será que o céu fica mais alegre quando chega lá um humorista? É verdade que cantores, humoristas, sanfoneiros, atores e demais pessoas do mundo artístico ao chegarem no céu o tornam mais alegre? Sempre que morre um artista, virou “clichê” recorrer à ideia de que tal personagem tornará o céu mais alegre, pois usará seus talentos artísticos.

A partida de alguém para a eternidade pode deixar tristes os habitantes da terra, mas não tornará o céu mais alegre. O céu é o lugar da mais perfeita comunhão com Deus. O céu é completo. Ninguém o torna mais alegre, pois a alegria do céu é o próprio Senhor. Infelizmente, as pessoas perderam o senso de importância do céu, e se satisfazem tanto com a vida aqui na terra que não conseguem imaginar um céu sem as coisas daqui. A glória do céu não consegue entrar na mente dos que estão presos às coisas desta vida. O céu é um lugar espiritual totalmente marcado pela comunhão com Deus. O céu não é um lugar onde os artistas estarão trajando vestes brancas, com memórias e lembranças inteiramente terrenas, tocando sanfona, guitarras, zabumba e padeiros, cantando, dramatizando e pulando de nuvem em nuvem, para torná-lo menos monótono ou mais alegre.

Recorro ao sermão pregado por Jonathan Edwards, teólogo e filósofo congregacional, sobre “a visão beatífica de Deus”. Ele diz:

“Os santos no céu vislumbrarão uma glória exterior por estarem na natureza humana de Cristo. Esta natureza está unida a natureza divina, pois é o corpo daquela pessoa que é Deus. E, sem duvida, haverá manifestações de uma glória divina e inimitável no corpo glorificado de Cristo, corpo este que será de fato algo revigorante e abençoado de se ver. Mas a beleza do corpo de Cristo, tal qual se vê com os olhos do corpo, será atraente e encantadora, principalmente por expressar sua glória espiritual. A majestade que se verá no corpo de Cristo expressará e tomará visível a grandeza espiritual e a majestade da natureza divina. A pureza e a beleza daquela luz e glória expressarão a perfeição da santidade divina. A doçura e atraente suavidade de seu semblante expressarão o amor e a graça divinos e espirituais.” (Jonathan Edwards, “The pure in heart blessed”, p. 906.).

Outro chavão que, à luz das Escrituras Sagradas, precisa ser corrigido é aquele que dá a ideia de que a pessoa que morreu está lá no céu contemplando os outros aqui na terra e, portanto, feliz pelas homenagens. Biblicamente, não há nenhum contanto entre os mortos e os vivos. Ninguém que tenha morrido consegue contemplar o que se passa aqui na terra com seus familiares e amigos.

Concluo afirmando que a morte de Shaolin deixa a terra mais triste, mas o céu continua o mesmo, pois o céu é estar na presença gloriosa de Deus. E como sabemos pela Palavra, Deus não aumenta nem diminui. Não melhora nem sofre declínio. O céu, portanto, é estar na presença eterna de Deus. Sendo assim, o céu não aumenta nem diminui sua alegria. Não contempla mais alegria com a chegada de alguém, pois nunca houve diminuição em sua alegria. O Céu é estar para sempre com o SENHOR!

7 de janeiro de 2016

De onde vem as enfermidades?

DE ONDE VÊM AS ENFERMIDADES?
Êxodo 23.25

Pr. Gilson Soares dos Santos

“25 Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.” (Êxodo 23.25).

INTRODUÇÃO

A.    Uma das maiores dificuldades que temos ao orarmos pelos enfermos é a incerteza quanto a procedência da enfermidade.

B.    Às vezes encontramos pessoas repreendendo demônios de enfermidades e expulsando demônios da caspa, da obesidade, de cravos, de espinhas, etc. Quando tais enfermidades não são possessões demoníacas.

C.    Outras vezes nos contentamos em orar agradecendo a Deus por uma enfermidade que é de procedência maligna.

D.    É preciso haver uma compreensão bíblica sobre a origem da enfermidade, pois a Bíblia apresenta, de forma clara e precisa, de onde vêm as enfermidades.

I – EXISTEM ENFERMIDADES QUE SÃO CONSEQUENCIAS DE PECADOS

A.    Muitas enfermidades são consequências de pecados. Assim a Bíblia apresenta. Vejamos alguns textos que não deixam dúvida alguma sobre isto:

a)     O primeiro texto está em João 5.1-16. Analisemos o texto:

·         No verso 14, Jesus deixa claro que a origem daquela enfermidade era resultado de pecado. E alertou: “...não peques mais, para que não te suceda coisa pior.

b)    Outro texto é o que está em Deuteronômio 28.58-61. Vejamos:

·         Veja que o texto deixa claro que, se o povo não obedecesse os mandamentos do Senhor, ou seja, vivessem pecando, o Senhor permitiria vir sobre o povo enfermidades e pragas.

c)     Em Levítico 26.15,16, encontramos outro texto mostrando que o pecado traz enfermidades:

·         Novamente o Senhor mostra que a desobediência aos seus mandamentos traria enfermidade sobre o povo de Israel.

d)      Ainda encontramos em II Cr 21.12-15 mais uma referência:

·         Segundo esse texto o Senhor feriu o rei com uma enfermidade grave, porque o mesmo havia pecado, com idolatrias e assassinatos.

II – EXISTEM ENFERMIDADES QUE SÃO DE ORIGEM MALIGNA

A.    Há enfermidades provenientes de origem maligna, ou seja, o próprio maligno envia um espírito de enfermidade sobre o indivíduo. Na maioria das vezes, este tipo de enfermidade está relacionada com a prática de algum pecado. Vejamos o que diz:

a)     Em Lucas 13.10-17 está escrito:

·         Atente bem para o texto quando diz: “espírito de enfermidade”, e ainda para as palavras de Jesus ao confirmar dizendo: “a qual há dezoito anos Satanás tinha presa”.

III – HÁ ENFERMIDADES QUE SÃO RESULTADOS DE PROVAÇÕES

A.    As enfermidades podem vir diretamente por permissão de Deus, quando Ele quer provar os seus servos. A prova clara para o que estamos dizendo é o caso do patriarca Jó, que foi acometido por enfermidades permitidas diretamente de Deus.

a)     Jó não havia cometido pecado, segundo conferimos nos textos de Jó 1.1 e 2.3:

·         Veja que os dois textos mostram que Jó era um homem íntegro, reto e temente a Deus.

b)    Mas, Jó foi acometido de uma grave enfermidade, ficando cheio de tumores malignos, segundo encontramos em Jó 2.4-7:

·         O texto é bem claro: Deus permitiu que Satanás colocasse enfermidades sobre Jó, somente não podia tirar-lhe a vida.
·         Isto nos permite entender que não adiantava Jó repreender Satanás ou tentar expulsar qualquer espírito de enfermidade, porque Deus havia permitido, Ele estava provando a fidelidade de Jó.

c)     Jó somente ficou curado quando Deus quis. É o que está em Jó 42.10, 16 e 17

IV – HÁ ENFERMIDADES QUE ATINGEM OS CRENTES POR PARTICIPAREM DA CEIA D SENHOR INDIGNAMENTE

A.    Muitas vezes as enfermidades vêm sobre a vida daqueles que participam da ceia do Senhor de forma indigna, ou seja, com a vida em pecado. Vejamos o que nos diz a Bíblia.

a)     Em I Coríntios 11.28-30, veja o que diz a Palavra do Senhor:

·         O texto diz que, por participar da ceia do Senhor sem um autoexame, muitos estavam doentes e outros já haviam morrido (v.30).

V – EXISTEM ENFERMIDADES QUE VÊM PARA QUE DEUS SEJA GLORIFICADO

A.    Outras enfermidades vêm simplesmente para que o Nome do Senhor seja glorificado após a cura. Não há pecado, nem é por provação, mas somente para a glória de Deus.

a)     Em João 11.1-4 encontramos um exemplo claro disse. Veja o texto:

·         Observemos que o Senhor Jesus deixou bem claro que a enfermidade de Lázaro era para que Deus fosse glorificado (v. 4).

b)    Outro texto que nos esclarece que há enfermidades que somente vêm para que Deus seja glorificado está em João 9.1-3 Vejamos:

·         Veja que Jesus declara bem, que, nem o cego pecou nem seus pais, mas ele estava cego para que nele fossem manifestadas as obras de Deus. Isso nos mostra que muitas enfermidades existem para que Deus seja glorificado.

VI – EXISTEM ENFERMIDADES QUE VÊM PARA A MORTE

A.    Muitas vezes as enfermidades vêm para a morte física. E aí não adianta orar, repreender, pois, todos têm que morrer um dia. Vejamos o seguinte texto e tiremos nossas conclusões:

a)     II Reis 13.14. Assim está escrito:

·         Veja que Eliseu era um homem de Deus com poder da parte do Senhor até para ressuscitar mortos. Mas, um dia adoeceu para morrer, e aí não ia adiantar orar ou decretar, pois a enfermidade era para a morte física.
·         Eliseu era um homem com tanta unção que, mesmo morto, jogaram em sua sepultura um homem que havia morrido, e o morto ao tocar nos ossos de Eliseu ressuscitou (II Rs 13.20,21).
·         Mas, Eliseu teve que morrer um dia, e contraiu uma enfermidade que o levou à morte.

CONCLUSÃO

A.    Pelo exposto neste estudo, ficamos cientes que antes de orarmos pelos enfermos é preciso compreender que as enfermidades vêm de origens diversas.
B.    Isso evitará que estejamos decretando ou dando ordens para Deus.

1 de janeiro de 2016

Feliz Ânimo Novo


FELIZ ÂNIMO NOVO

Pr. Gilson Soares dos Santos

Dedico esta publicação a todos os leitores, e seguidores deste blog, que têm tido paciência para esperar as postagens, pois a correria do final do ano passado não me favoreceu, mantendo-me ausente do blog, desde novembro do ano passado.

Começo o ano com um senso profundo de alegria e gratidão, totalmente convencido das responsabilidades que o novo ano me traz, afinal, sou embaixador de Deus e ministro da reconciliação.

Estou tomando novo ânimo para recomeçar as postagens deste blog que, embora não me traga nenhuma vantagem financeira, me dá a maior das alegrias: ser portador de boas novas. Retomarei as postagens, com dedicação sem reservas, buscando fazer tudo com carinho e muito amor.

Se me perguntarem quais sãos as recompensas pelas postagens, responderei que são muitas. Se me pedirem para dizer algumas delas, direi: os acessos que cada postagem tem tido, o número de seguidores que tem aumentado. Cada vez que venho aqui no blog e vejo que tenho mais um seguidor, oro por ele, e fico radiante, pois sei que Deus tem sido gracioso para comigo, fazendo-me pregador da reconciliação.

Então, queridos leitores, com ânimo novo, estamos retomando nossas publicações.

FELIZ ÂNIMO NOVO!!!!!!