EM TEMPOS DE NATAL, UM PEQUENO ESTUDO SOBRE A HUMANIDADE
DE CRISTO
Pr.
Gilson Soares dos Santos
1.1 – A
importância da humanidade de Cristo
A – A nossa convicção sobre a humanidade de
Cristo é fundamental para a base da nossa fé salvífica e suas conotações
soteriológicas.
B – Através de Jesus Cristo é que o homem se
une a Deus, pela obra da sua encarnação a divindade se une à humanidade.
C – Assim como a como a garantia da sua obra
redentiva depende de sua divindade, do mesmo modo a aplicação da sua obra no
homem depende da sua humanidade.
1.2 – O
ensino bíblico da humanidade de Cristo
A – A Bíblia revela que Jesus era plenamente
humano, tendo todos os atributos comuns a cada ser humano, tanto no sentido
físico, como no sentido psicológico.
1.2.1 – A natureza física de Jesus
A – Jesus foi concebido e sustentado no
ventre de uma mulher como qualquer outro bebê dentro do processo pré-natal (Lc
2.7).
B – Ele passou da infância para a maturidade
assim como crescem todas as outras crianças (Lc 2.40).
C – Seu crescimento era normal como de
qualquer ser humano precisando de comida e água para sustentar-se (Mt. 4:2; Jo.
19:28).
D – Jesus compartilhou das mesmas limitações
humanas tal como o cansaço (Jo. 4:6).
E – seu padecimento e sofrimento físico na
sua entrega pelos pecados foram genuínos, até o ponto de morrer como
aconteceria com qualquer ser humano (Jo. 19:34).
F – Outra evidencia clara da sua humanidade é
a declaração que ele faz de si mesmo aos judeus usando a palavra homem (Jo.
8:40).
G – O
apóstolo Paulo, na sua argumentação do pecado original, refere-se a Jesus como
homem em contraste com Adão (Ro. 5:15, 17,19; I Co. 15:21,47-49).
H – Ainda o apóstolo João dá um destaque
especial de que o Cristo tornou-se humano (Jo. 1:14) , esperando combater uma
heresia que negava que Jesus tivesse sido genuinamente homem (I Jo. 4:2-3a).
I – Além disto João estabelece a realidade da
natureza humana de Jesus ao declarar a manifestação da sua genuidade física (I
Jo. 1:1).
J – João declarou que de fato ele e seus
contemporâneos ouviram, viram e tocaram Jesus (Lc. 24:39).
K – A Bíblia declara que o Senhor Jesus foi
manifestado na carne (Jo 1.14; I Tm 3.16; I Jo 4.2)
1.2.2 – A natureza psicológica de Jesus
A – É comprovada pelas Escrituras pelo fato
dela atribuir-lhe qualidades emocionais e intelectuais encontrados nos homens.
B – Ele pensava e raciocinava (Lc. 2:40).
C – Ele sentia e amava (Jo. 13:23).
D – Jesus sentia compaixão e pena (Mt. 9:36;
14:14; 15:32; 20:34).
E – Ele podia sentir tristeza e angustia (Mt.
26:37).
F – Ele experimentou alegria (Jo. 15:11;
17:13).
G – Ele podia ficar irado e afligido (Mc.
3:5) e indignado (Mc. 10:14).
H – Maravilha-se com a fé do centurião (Lc.
7:9) e com a incredulidade dos habitantes de Nazaré (Mc. 6:6).
I - Sentimentos de conflito e solidão são
naturais em Jesus (Mc. 14:32-42; 15:34).
J – Outra reação tipicamente humana em Jesus
é descrita na morte de Lázaro, onde é capaz de sentir aflição e tristeza (Jo.
11:33). Ele chorou (v.35) e entristeceu-se continuamente (v.38).
K – Seu conhecimento não era ilimitado seja
pela necessidade de informação (Mc. 9:21) ou pela falta de conhecimento de um assunto
(Mc. 13:32), segundo o que é sugerido pela narrativa bíblica.
L – A sua vida de oração intensa manifestava
a sua dependência absoluta ao Pai, inclusive nas decisões mais importantes da
sua vida (Lc. 6:12; Mt. 26:36-44).
1.3 - O
nascimento virginal de Cristo
A – A concepção de Jesus foi sem lugar a
duvidas uma “concepção virginal”, isto é, que a concepção no ventre de Maria,
não foi consequência de uma união sexual..
B – As Escrituras indicam que José não
manteve uma união sexual com Maria antes do nascimento de Jesus (Mt. 1:25).
C – Como também declara que Maria era virgem
na época da concepção, até o momento do nascimento de Jesus.
D – O Espírito Santo através duma ação
sobrenatural engravidou Maria, o que também não significa que Deus mantivesse
relação sexual com ela. As passagens bíblicas que são explícitas a esta verdade
são Mt. 1:18-25; Lc. 1:26-38; outras que sugerem são Is. 7:14 em relação a Mt.
1:23.
1.4 – A
impecabilidade de Cristo
Jesus poderia ter pecado?
A – O autor aos hebreus declara
categoricamente que Jesus não pecou (Hb. 4:15; 7:26; 9:14).
B – O apóstolo Pedro também declara a
perfeição moral de Jesus (Jo. 6:69; II Pe. 2:2).
C – João ainda se aprofunda mais nesta
verdade (I Jo. 3:8), e Paulo da mesma forma ( II Cor. 5:21).
D – Jesus mesmo não teve nenhuma complicação
em declarar abertamente a sua impecabilidade (Jo. 8:46).
E – É tão notória esta verdade que o próprio
Pilatos e sua esposa reconheceram a sua inocência (Mt. 27:19; Lc. 23:13-15),
assim como também o ladrão da cruz (Lc. 23:14) e Judas (Mt. 27:4).
F – “Apesar de Jesus ter-se feito pecado
judicialmente, todavia, eticamente estava livre tanto da depravação hereditária
como do pecado fatual”.
G – Ele sentiu o poder intenso da tentação, sendo
plenamente humano, mas não cedeu ou sucumbiu à tentação.