O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

31 de dezembro de 2013

Eu e minhas filosofias de fim de ano

EU E MINHAS FILOSOFIAS DE FIM DE ANO

Gilson Soares dos Santos

Por ser formado em Filosofia, graduado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), sou levado a escrever textos filosóficos. Mas, bem antes da formação em Filosofia, já filosofava sobre os mais diversos assuntos. Um deles, talvez o mais enigmático, é o TEMPO. Por isso, cada fim de ano, gosto de escrever sobre TEMPO e ETERNIDADE.

Para Aristóteles, o tempo e o movimento são certamente incorruptíveis. O tempo, sendo “não gerado”, nunca se corromperá. Para o filósofo, o tempo nunca foi gerado, pois se admitirmos que o tempo teve um início, então houve um “antes” do tempo, e esse “antes” também é tempo. Da mesma maneira, o tempo não pode ter fim, pois se pensarmos num “depois” do tempo, esse “depois”, também é tempo. Aristóteles chegava à conclusão, então, que “o tempo é eterno”.

O tempo, na verdade, teve um início, o “antes” da existência do tempo é a “eternidade”, e a “eternidade” é Deus. Da mesma maneira, o tempo terá um fim, e o que vem “depois” do fim do tempo é a “eternidade”, que é o próprio Deus. Antes do tempo, durante o tempo e depois do tempo, a eternidade é, e a eternidade é Deus. Como dizia Agostinho, tempo e eternidade são duas dimensões incomensuráveis.

Quem está em Deus e Deus nele, este não fica preso ao tempo, pois está no Eterno. Para quem está no Logos, o Verbo de Deus, todas as coisas se fizeram novas e não há diferença entre 2013 e 2014. 2013 não é mais; e 2014 não é ainda; mas Deus É, e aquele que está nEle  também é.

Tanto 2013 quanto 2014 só existem no espírito do homem, pois é no espírito do homem que estão presentes “o passado” e “o futuro”. Complicando ainda mais: é na mente do homem que estão “o presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro”.

Exatamente porque o tempo existe em nossa alma é que damos números a ele. Podemos chamá-lo de 2013 ou 2014, podemos denominá-lo de ontem ou amanhã, podemos dar-lhe a nomenclatura de passado, presente e futuro, e até podemos apelidá-lo de “ano velho” e “ano novo”. Parece até que somos senhores do tempo.

Enfim, não importa como chamamos o tempo, o que importa é que nos apeguemos ao que está nos Escritos Inspirados, na Sagrada Escritura: “De eternidade a eternidade tu és Deus”. Sendo Deus de eternidade a eternidade, todo aquele que está em Deus e Deus nele é mais que vencedor em todo o tempo.

FELIZ ANO NOVO!