EU E MINHAS FILOSOFIAS DE FIM DE ANO
Gilson
Soares dos Santos
Por ser formado em Filosofia, graduado pela
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), sou levado a escrever textos
filosóficos. Mas, bem antes da formação em Filosofia, já filosofava sobre os
mais diversos assuntos. Um deles, talvez o mais enigmático, é o TEMPO. Por
isso, cada fim de ano, gosto de escrever sobre TEMPO e ETERNIDADE.
Para Aristóteles, o
tempo e o movimento são certamente incorruptíveis. O tempo, sendo “não gerado”,
nunca se corromperá. Para o filósofo, o tempo nunca foi gerado, pois se admitirmos
que o tempo teve um início, então houve um “antes” do tempo, e esse “antes”
também é tempo. Da mesma maneira, o tempo não pode ter fim, pois se pensarmos
num “depois” do tempo, esse “depois”, também é tempo. Aristóteles chegava à
conclusão, então, que “o tempo é eterno”.
O tempo, na verdade,
teve um início, o “antes” da existência do tempo é a “eternidade”, e a
“eternidade” é Deus. Da mesma maneira, o tempo terá um fim, e o que vem
“depois” do fim do tempo é a “eternidade”, que é o próprio Deus. Antes
do tempo, durante o tempo e depois do tempo, a eternidade é, e a
eternidade é Deus. Como dizia Agostinho, tempo e eternidade são duas dimensões
incomensuráveis.
Quem está em Deus e
Deus nele, este não fica preso ao tempo, pois está no Eterno. Para quem está no
Logos, o Verbo de Deus, todas as coisas se fizeram novas e não há diferença
entre 2013 e 2014. 2013 não é mais; e 2014 não é ainda; mas Deus É, e aquele
que está nEle também é.
Tanto 2013 quanto
2014 só existem no espírito do homem, pois é no espírito do homem que estão
presentes “o passado” e “o futuro”. Complicando ainda mais: é na mente do homem
que estão “o presente do passado, o presente do presente e o presente do
futuro”.
Exatamente porque o
tempo existe em nossa alma é que damos números a ele. Podemos chamá-lo de 2013
ou 2014, podemos denominá-lo de ontem ou amanhã, podemos dar-lhe a nomenclatura
de passado, presente e futuro, e até podemos apelidá-lo de “ano velho” e “ano
novo”. Parece até que somos senhores do tempo.
Enfim, não importa
como chamamos o tempo, o que importa é que nos apeguemos ao que está nos
Escritos Inspirados, na Sagrada Escritura: “De
eternidade a eternidade tu és Deus”. Sendo Deus de eternidade a eternidade,
todo aquele que está em Deus e Deus nele é mais que vencedor em todo o tempo.
FELIZ ANO NOVO!