APRENDAM: O EVANGELHO É JESUS
Pr.
Gilson Soares dos Santos
É comum encontrarmos crentes afirmando que
estão pregando o Evangelho, no entanto, estão pregando o nome da denominação.
Outros pregam uma doutrina própria e ainda dizem que estão pregando o
Evangelho. Isto, embora seja comum, não é bom, pois quando alguém prega um
evangelho que não é “O Evangelho”, certamente seus ouvintes crerão em algo que
não é a Verdade, sendo assim, não podem ser libertos, pois o homem só é liberto
quando conhece a Verdade.
Hoje, estou publicando uma postagem de
Ronaldo Lidório, Pastor e Missionário, que mostra quem é o Evangelho. Seja
edificado.
O EVANGELHO É JESUS
Uma das principais
barreiras para a evangelização não é o ambiente, muitas vezes árido para a
comunicação da mensagem, mas o entendimento, por parte da própria Igreja,
quanto ao Evangelho.
Devido a uma
influência secularista, liberal e reducionista na missiologia das últimas
décadas, houve uma humanização de conceitos que necessitam de revisão bíblica.
Talvez o principal seja o próprio Evangelho. Não é incomum lermos que “o
Evangelho está sendo atacado no Egito” ou que “o Evangelho está entrando
nos lugares distantes da Amazônia”. O que se quer dizer é que a Igreja está
sendo atacada e entrando na Amazônia, manifestando que, em nossos dias,
passamos a crer que a Igreja é o Evangelho. Essa equivocada compreensão cristã
que iguala o Evangelho à Igreja - a nós mesmos - é ampla e popular, mas tem
suas raízes em distorções bíblicas e teológicas que podem nos levar a caminhos
erráticos na vida e prática cristã.
Paulo escreve aos
Romanos no capítulo 1 sobre o “Evangelho de Deus” (v.1) que Deus havia
prometido “pelos seus profetas nas Sagradas Escrituras” (v.2), o qual,
quanto ao conteúdo, é “acerca do Seu Filho” (v.3), que é “declarado
Filho de Deus em poder... Jesus Cristo, nosso Senhor” (v.4). Portanto fica
claro: Jesus é o Evangelho.
Assim, se nos
envergonharmos do Evangelho, estamos nos envergonhando de Jesus. Se deixarmos
de pregar o Evangelho, deixamos de pregar Jesus. Se não crermos no Evangelho,
não cremos em Jesus. Se passarmos a questionar o Evangelho, seus efeitos
perante outras culturas e sua relevância hoje, nós não estamos questionando uma
doutrina, um movimento ou a Igreja, estamos questionando Jesus.
O que Paulo
expressa nesse primeiro capítulo é que, apesar do pecado, do diabo, da carne e
do mundo, não estamos perdidos no universo. Há um plano de redenção e Ele se
chama Jesus. O poder de Deus se convergiu nEle e Ele está entre nós.
Quando
compreendemos mal o Evangelho, e o igualamos à Igreja, corremos o risco de
proclamarmos denominações, igrejas locais, logomarcas e pregadores, pensando
que com isso estamos evangelizando. Não há verdadeira evangelização sem a
apresentação de Jesus Cristo, Sua vida, morte, ressurreição e paixão por nos
salvar.
Um dos textos que
mais sintética e profundamente expõe o Evangelho foi escrito por Paulo quando
afirmou: “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para
a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. (Rm
1.16).
Em primeiro lugar, esta
afirmação deixa bem claro que o Evangelho jamais será derrotado, pois o
Evangelho é Cristo. Sofrerá oposição e seus pregadores serão perseguidos. Será
questionado e deixarão de crer nEle. Porém, nunca será vencido, pois o
Evangelho vivo, que é Cristo, é o poder de Deus.
Em segundo lugar, o
Evangelho não é o plano da Igreja para a salvação do mundo, mas o plano de Deus
para a salvação da Igreja. O que valida a Igreja é o Evangelho, não o
contrário. Se a Igreja deixa de seguir o Evangelho, de seguir a Cristo, deixa de
ser Igreja, ou Igreja de Cristo.
Em terceiro lugar, o
Evangelho não deve ser apenas compreendido e vivido. Ele se manifestou entre
nós para ser pregado pelo povo de Deus. Paulo usa essa expressão
diversas vezes. Aos Romanos, ele diz que se esforça para pregar o Evangelho (Rm
15.20). Aos Coríntios, ele diz que não foi chamado para batizar, mas para
pregar o Evangelho (1 Co 1.17). Diz também que pregar o Evangelho é sua
obrigação (1 Co 9.16).
Devemos proclamar
o Evangelho – lançar as sementes – a tempo e fora de tempo. Provérbios
11 nos encoraja a lançar todas as nossas sementes, “... pela manhã, e ainda
à tarde não repouses a sua mão”. Essa expressão de intensidade e constância
nos ensina que devemos trabalhar logo cedinho – quando animados e dispostos – e
quando a noite se aproximar, o cansaço e as limitações chegarem, ainda assim
não deixar de semear. Fala-nos sobre a perseverança na caminhada e no serviço.
É preciso obedecer mesmo quando o sol se põe.
Jim Elliot,
missionário entre os Auca do Equador na década de 50, afirmou que “ao chegar
o dia da nossa morte, nada mais devemos ter a fazer, a não ser morrer”.
Observemos nossa vida e lancemos a semente, cumprindo a missão.
Não importa mais o
que façamos em nossas iniciativas missionárias, é preciso pregar o Evangelho. A
pregação abundante do Evangelho, portanto, não é apenas o cumprimento de uma
ordem ou uma estratégia missionária, mas o reconhecimento do poder de Deus.
Somos lembrados
por Paulo a jamais nos envergonharmos do Evangelho que um dia nos abraçou, pois
não é uma ideia ou um movimento, mas uma Pessoa, o Evangelho é Jesus.
Ronaldo Lidório
Encontrado em
http://www.ronaldo.lidorio.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=151&Itemid=2 acesso em 18/12/2013.