O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

7 de julho de 2012

Evangelização no Calvinismo e no Arminianismo



A EVANGELIZAÇÃO NO CALVINISMO E NO ARMINIANISMO

A doutrina da soberania de Deus é um forte incentivo para a evangelização, segundo os calvinistas, porque ela garante que a pregação do evangelho nunca seja em vão. Ela sempre cumprirá o seu alvo. Os grandes evangelistas George Whitefield, Jonathan Edwards e Charles Spurgeon ganharam milhares de almas para Cristo. Eles pregavam e defendiam as doutrinas da graça de Deus e a soberania de Deus na salvação. O fato de que a salvação depende da soberania de Deus, quer dizer que o evangelismo não depende em métodos e técnicas de marketing ou persuasão humana. O evangelista pode pregar em paz, estando descansado pelo fato de que a pregação fiel é a sua responsabilidade, e o resultado é responsabilidade  de Deus.

O arminiano talvez não entenda porque ele deve continuar pregando se, no fim, é Deus que é responsável pela salvação. Se já é assim, então a pregação não tem significado. O arminiano é freqüentemente levado ao fervor elogiável na evangelização, exatamente porque ele leva a sério a responsabilidade humana. Ele acha que o calvinista pode ser tentado a desistir. Por outro lado, o calvinista não entende porque o arminiano continua orando pela salvação dos seus queridos. Se é verdade que Deus nunca interfere com o livre arbítrio do pecador, então pedir que ele mude o coração da pessoa e a salve é fútil. Significaria orar para Deus fazer o que o próprio arminiano não admite que Deus faça. 

calvinista acha que se o arminiano fosse consistente, ele ficaria de joelhos diante do pecador e pedia a ele em vez de pedir a Deus. O calvinista acredita que o arminiano pode enfrentar a tentação de depender de si mesmo e de seus métodos, em vez de Deus. O calvinista continua pregando, pois ele sabe que Deus sempre cumpre seu plano através de meios. E a pregação é um dos meios que Deus usa para salvar os seus eleitos.

A verdade é que o arminiano, se levar a soberania de Deus a sério, nunca deixará de depender do poder de Deus na evangelização. 

Também o calvinista se levar a responsabilidade do homem a sério nunca deixará de empregar todos os meios que são bíblicos para ganhar os perdidos. 

Os dois devem trabalhar juntos em humildade e respeito mútuo, sabendo que o desejo de ambos é a salvação das pessoas para a glória de Deus. A doutrina da soberania de Deus não deve ser ocasião para divisão, mas deve servir para relembrar a ambos os lados que estas doutrinas devem ser equilibradas.

(FERREIRA. Franklin, MYATT. Alan, Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova. 2007. p. 753.).