POR QUE NÃO
EVANGELIZAMOS? MIKE MCKINLEY APRESENTA CINCO RAZÕES
Pr. Gilson Soares dos Santos
Certa vez,
na minha adolescência, elaborei uma estratégia de evangelização que,
posteriormente, fiquei sabendo que chamava-se Axioma de Strachan, do Dr. Kenneth Strachan, e consiste no seguinte:
“Todo e qualquer movimento cresce na medida
em que mobiliza todos e cada um dos seus componentes na propagação de suas
crenças.”. Vejamos um aspecto bem prático da minha estratégia de
evangelização (que não é minha):
2014: 1
ganha e instrui outro = 2
2015: 2 ganham
e instruem 2 = 4
2016: 4 ganham
e instruem 4 = 8
2017: 8 ganham
e instruem 8 = 16
2018: 16 ganham
e instruem 16 = 32
2019: 32 ganham
e instruem 32 = 64
2020: 64 ganham
e instruem 64 = 128
2021: 128 ganham
e instruem 128 = 256
2022: 256 ganham
e instruem 256 = 512
2023: 512 ganham
e instruem 512 = 1024
Em dez anos,
uma igreja que começou com apenas uma pessoa terá 1024 crentes. Eu ficava
pensando: por que não fazemos isto? Por que nós, cristãos autênticos, não
fazemos assim? Ainda continuo pensando: por que não evangelizamos?
Quero postar
aqui um artigo, de autoria de Mike McKinley, sob o título “Cinco Razões Pelas
Quais Não Evangelizamos”, que pode ser encontrado no site do ministério fiel, da
conceituada Editora fiel.
_____________________________________________________________________________________
CINCO RAZÕES PELAS QUAIS
NÃO EVANGELIZAMOS
O Novo
Testamento compele o povo de Deus a levar o evangelho para o mundo. Jesus deu
aos seus discípulos uma ordem permanente de ir e fazer discípulos (Mt 28.19).
Ele lhes disse que eles se tornariam pescadores de homens (Mt 4.17). Pedro
aconselhou as igrejas da Ásia Menor a estarem prontas quando as pessoas
fizessem perguntas sobre a sua esperança (1Pe 3.15).
Mas parece
que algo saiu dos trilhos. Muitos cristãos não vivem como pescadores de homens.
Não são muitas as pessoas que nos perguntam sobre a esperança que temos em
Cristo, e quando elas perguntam, nós não estamos prontos para dar uma resposta.
As igrejas evangélicas falam muito sobre evangelismo, mas de acordo com
pesquisas, a maioria dos membros de igreja não compartilham a fé com muita
frequência.
Por que não evangelizamos?
Eu gostaria
de sugerir cinco razões pelas quais igrejas e membros de igreja não
compartilham o evangelho como parte do curso normal da vida. Outros artigos
sugerem maneiras de remediar essa situação, mas por agora, nos atentemos a
diagnosticar o problema.
1. As igrejas isolam os cristãos dos incrédulos
Em primeiro
lugar, as igrejas isolam os cristãos dos incrédulos. Em outras palavras, muitos
cristãos não conhecem nenhum incrédulo. Embora nossas vidas diárias nos
coloquem em contato regular com muitas pessoas que não conhecem Jesus, é fácil
passar pela vida sem ter relacionamentos próximos com qualquer uma delas.
As igrejas
permitem esse isolamento de algumas maneiras. Muitas igrejas organizam uma
série de programas nas noites dos dias de semana e, então, definem se um membro
de igreja é bom em termos de presença em tais programas. Como resultado, os
calendários de muitos cristãos são cheios de atividades na igreja e há pouco
tempo para convidar vizinhos e colegas de trabalho até suas casas.
Além disso,
algumas congregações cultivam hostilidade para com o mundo. Conforme nossa
cultura se torna cada vez mais explicitamente hostil ao cristianismo e à
moralidade bíblica, é fácil permitir que se estabeleça uma mentalidade de
defesa. Quando isso acontece, o mundo lá fora se torna um bicho papão e a
maneira pela qual o povo de Deus continua santo é mantendo a distância dele.
Então os cristãos vivem vidas em trilhos paralelos aos do mundo, com suas
próprias escolas, negócios, ligas esportivas e programas de escotismo, mas
pouquíssimas chances de construir relacionamentos com incrédulos.
2. Nós acreditamos que o evangelismo é extraordinário
Uma segunda
razão pela qual os cristãos não evangelizam é por acreditarem que se trata de
algo extraordinário. Nós suspeitamos que o evangelismo é apenas para aqueles
que possuem o dom do evangelismo, ou para pastores e outros cristãos
profissionais. Então simplesmente não se sentem capazes de compartilhar o
evangelho. De tempos em tempos as pessoas na minha congregação trazem amigos ou
familiares até mim para que eu fale de Jesus para elas, e eu tenho que
desafiá-las a tomarem coragem e fazerem elas mesmas! Afinal, em Atos 8.1-4 não
são os apóstolos, mas cristãos “normais” que levam a mensagem a respeito de Jesus
para fora de Jerusalém e para o resto do mundo.
3. As igrejas não falam sobre o custo de seguir Jesus
Em terceiro
lugar, nossas igrejas não falam sobre o custo de seguir Jesus. Contudo, o
evangelismo pode ser custoso. Realmente não há como contar às pessoas que você
crê que Deus tomou carne humana, sendo nascido de uma virgem e então, após ter
morrido em uma cruz, ressuscitou e subiu de volta aos céus, sem ao menos correr
o risco de perder o favor delas. Mas tudo bem. O Apóstolo Paulo diz que Deus intencionalmente
nos salva de uma maneira que parecerá louca aos “sábios” do nosso mundo (1Co
1.18-29). Nossa mensagem não será bem recebida por aqueles que estão perecendo,
mas será como um cheiro fétido em suas narinas (2Co 2.14-16).
Se eu
entendi Paulo corretamente, na verdade, é parte do plano de Deus que você sofra
um pouco enquanto compartilha o evangelho. Se você não concorda, leia o livro
de Atos e tome nota cada vez que uma pessoa compartilha o evangelho e algo ruim
acontece com ela.
Mas muitas
igrejas nunca confrontam seus membros com a realidade de que seguir Cristo lhes
custará algo. Nós lhes ensinamos que Deus só está preocupado com eles e com a
sensação de bem-estar deles. Então, quando chega a hora de pagar o preço e
compartilhar o evangelho, muitos de nós simplesmente não estamos dispostos a
perder as nossas reputações.
4. Nós buscamos resultados imediatos
Quarto
lugar, nós buscamos resultados imediatos. É claro que é fácil ficar
desencorajado quanto ao nosso evangelismo. Talvez tenhamos lido um livro ou
ouvido um sermão e saído para compartilhar a nossa fé, apenas para ficarmos
mais desencorajados quando nada acontece visivelmente. Penso que muitos
cristãos simplesmente desistiram do evangelismo por terem feito um esforço e
não terem visto nenhum resultado.
Mas
simplesmente não estamos em uma posição de julgar o que Deus está fazendo em
cada situação específica. Pode ser que no plano de Deus nós sejamos a primeira
pessoa em uma longa fila de pessoas que evangelizarão alguém antes que ela
venha a Cristo. Posso pensar em muitos exemplos de conversas e esforços
evangelísticos que pareciam uma perda de tempo. Muito mais tarde, fui descobrir
que aquela pessoa havia vindo a Cristo.
O evangelho
é o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16), e a palavra de Deus é viva e
poderosa (Hb 4.12-13). Nós devemos cultivar confiança de que o Senhor, que dá o
crescimento, completará a sua redenção. Ele salvará almas. Ele frequentemente
não fará isso de acordo com a nossa programação, e ele pode não escolher as
pessoas que nós escolheríamos. Mas ele nos usará se formos fiéis.
5. Nós não somos claros na mensagem
Uma razão
final pela qual não evangelizamos é que não somos claros na mensagem. Quando
alguém pede para se unir à nossa igreja, uma das coisas que eu peço é que a pessoa
resuma brevemente a mensagem do evangelho (em aproximadamente 60 segundos). E
eu sempre fico surpreso com a quantidade de cristãos que acham difícil fazer
isso. Não é que eles não creem no evangelho — eles creem. Não é que eles sejam
ignorantes — muitos deles conhecem as suas Bíblias muito bem. E embora eles
possam ficar nervosos ou surpresos com a pergunta, ainda é uma tendência
preocupante. Não há como compartilhar o evangelho se você não está preparado
para compartilhar o evangelho.
Mike McKinley
Tradução: Alan Cristie
Para ler direto do site:
http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/707/Cinco_Razoes_Pelas_Quais_Nao_Evangelizamos