BLOCOS “EVANGÉLICOS” NO CARNAVAL: PODE ISSO?
Pr. Gilson
Soares dos Santos
Blocos autodenominados evangélicos desfilando
no carnaval. Isso não é novidade, é algo comum. Mas, a pergunta que não quer
calar é: isto está correto?
Quero aproveitar a postagem do Pr. Renato
Vargens sobre o assunto, republicando-a aqui em meu blog, e deixar claro que concordo com seu pensamento.
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O QUE PENSO SOBRE OS BLOCOS EVANGÉLICOS NO CARNAVAL
Nos últimos anos tornou-se comum encontrarmos em algumas igrejas
evangélicas blocos carnavalescos.
Com o intuito de pregar o evangelho durante o carnaval, evangélicos de
denominações diferentes criaram blocos e até mesmo Escolas de Samba cujo
objetivo final é pregar aos foliões. Segundo os sambistas de Jesus, essa é uma
maneira de evangelizar os perdidos que se encontram absortos em iniquidade e
que precisam desesperadamente de Cristo.
Antes de qualquer coisa, preciso afirmar que concordo plenamente com o
fato inequívoco de que os perdidos estão mergulhados em iniquidade e que
carecem da graça do Senhor. Sem sombra de dúvidas isso é um ponto indiscutível.
Verdadeiramente os homens estão destítuidos da glória de Deus, mortos em seus
delitos e pecados e incapazes de buscarem ao Senhor. (Efésios 2:1-10).
Caro leitor, o que me preocupa efetivamente não é o desejo de
evangelizar, nem tampouco a vontade de pregar as Boas Novas da Salvação Eterna
aos que se perdem e sim a forma escolhida para o desenvolvimento dessa missão.
Isto posto, permita-me explicar porque sou contra a criação de blocos
evangélicos carnavalescos:
1.
Acredito
que a evangelização se dá de forma contínua e de modo relacional, isto é, todos
nós, somos chamados a evangelizar os que se relacionam conosco através de
palavras, testemunhos, durante o ano e não em eventos esporádicos.
2.
Porque
nem toda contextualização é bíblica. Quando a contextualização abre portas ao
mundanismo, paganismo, e a ausência de santidade, ela precisa ser rechaçada.
3.
A
igreja foi chamada para pregar Cristo e o arrependimento de pecados e não um
tipo de evangelho palatável cujo foco principal é a satisfação humana.
4.
Pela
forte relação com o mundo e com os valores que nele existentes. Ora, por mais
que digam ao contrário, os que saem as ruas para "evangelizar" em
blocos carnavalescos relacionam-se com o mundo e a cultura de uma forma onde o
foco principal não é a glória de Deus e sim o bem estar do homem. (Romanos
12:1-2).
5.
Por
tomarem o nome de Deus em vão, fazendo do Senhor instrumento exclusivo de
satisfação pessoal. Na minha perspectiva sair as ruas, sambando, rindo fere o
mandamento bíblico de usar o nome do Senhor em vão.
6.
Porque
ainda que se diga que o objetivo é a evangelização o que menos se vê é a
pregação do Evangelho.
7.
Por
dar ocasião a carne e ao "velho homem." despertando em muitos o
antigo prazer pelo pecado.
Se
não bastasse isso pergunto:
Será
que se a Igreja pregasse e vivesse o evangelho durante o ano não haveriam mais
conversões do que comumente temos? Ora, vamos combinar uma coisa?
Evangelizar é muito mais do que cantar, sambar, pular. Evangelizar está para
além de eventos, programas ou atividades distintas. Evangelizar é
compartilhar aquilo que o Senhor fez pelo pecador na cruz do calvário, é
confrontar o homem em seus delitos e pecados, chamando-o ao arrependimento, é
proclamar Cristo como Senhor e Salvador, confrontando o pecador com a dura,
porém maravilhosa mensagem da Cruz.
Bem sei que alguns me xingarão de "fundamentalista estupido",
de fariseu da modernidade e outras coisas mais, todavia, ao contrário de alguns
não posso considerar as loucuras do chamado movimento gospel como normais.
Definitivamente o Brasil precisa de um avivamento!
Definitivamente o Brasil precisa regressar as Escrituras.
Definitivamente precisamos chorar e clamar a Deus por Deus por mudança
no evangelicalismo brasileiro.
"E não sejais cúmplices nas
obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles
fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5.11-12).
É o
que penso, é o que digo!
Renato
vargens
DISPONÍVEL
EM: http://renatovargens.blogspot.com.br/2014/02/o-que-eu-penso-sobre-os-blocos.html, acesso em 01/03,/2014.