O Pr. Gilson Soares dos Santos é casado com a Missionária Selma Santos, tendo três filhos: Micaelle, Álef e Michelle. É servo do Senhor Jesus Cristo, chamado com santa vocação. Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional), Campina Grande/PB; Graduado em Filosofia pela UEPB (Universidade Estadual da Paraíba); Pós-Graduando em Teologia Bíblica pelo CPAJ/Mackenzie (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper). Professor de Filosofia e Teologia Sistemática no STEC. Professor de Teologia Sistemática no STEMES, em Campina Grande - Paraíba. Pastor do Quadro de Ministros da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (AIECB). Pastoreou a Igreja Evangélica Congregacional de Cuité/PB, durante 15 anos (1993-2008). Atualmente é Pastor Titular da Igreja Evangélica Congregacional em Areia - Paraíba.

29 de junho de 2012

Para Onde Vão As Pessoas Que Nunca Ouviram Falar de Jesus? O Ensino do Inclusivismo


PARA ONDE VÃO AS PESSOAS QUE NUNCA OUVIRAM FALAR DE JESUS? O ENSINO DO INCLUSIVISMO

Pr. Gilson Soares dos Santos

No decorrer da história da igreja, intensos debates foram travados sobre o destino das pessoas que nunca foram evangelizadas. A situação atualmente não é diferente. As perguntas envolvendo o tema ainda persistem: uma pessoa que nunca ouviu falar do evangelho de Cristo está salva? Sobre este assunto temos diversos pontos de vista, entre eles, o exclusivismo; a oportunidade universal antes da morte; o inclusivismo; o evangelismo post-mortem; o universalismo, e ainda outros que não recebem um nome dentro da teologia. Embora todas as correntes citadas concordem que Jesus é o único salvador, divergem sobre a salvação dos não evangelizados. Sobre isto trataremos, sucintamente, em diversas postagens. Nesta postagem trataremos sobre o ensino do Inclusivismo.

1 – O Inclusivismo

1.1  – O Ensino do Inclusivismo

Franklin Ferreira e Alan Myatt definem o ensino do inclusivismo da seguinte forma: “Os não evangelizados podem vir a ser salvos, se responderem a Deus em fé, baseados na revelação que possuem”. (1). O inclusivismo ensina que uma pessoa que nunca ouviu falar de Jesus, mas crê num Deus que criou todas as coisas, essa pessoa está salva pela sua crença em Deus.

Para os inclusivistas, a revelação geral, que é a maneira como Deus se revela por meio das coisas que foram criadas, é suficiente para fazer alguém crê em Deus e, por meio dessa fé, ser salvo. Sua salvação consistirá pela sua resposta à luz da revelação geral (a criação natural e sua consicência).

Para Norman Geisler,  “os defensores de que a salvação pode ser obtida por intermédio da revelação geral insistem que não é necessário termos o conhecimento daquilo que Cristo fez por nós. Dessa forma, todos os versículos que indicam que a morte e a ressurreição de Cristo são soteriologicamente necessárias, devem ser considerados referências ao fato do sacrifício de Cristo e não ao conhecimento explícito desta verdade.” (2).

1.2 – Versículos do Inclusivismo

João 12.32
“32 E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.”

Atos 10.34,35
“34 Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas; 35 mas que lhe é aceitável aquele que, em qualquer nação, o teme e pratica o que é justo.”

I Timóteo 4.10
“10 Pois para isto é que trabalhamos e lutamos, porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem.”


Hebreus 11.6
“6 Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

OBSERVAÇÃO: Para os inclusivistas, neste versículo estão incluídos aqueles que nunca ouviram o evangelho.

1.2  – Representantes do Inclusivismo

Clark Pinnock.
C. S. Lewis.
Pannenberg.
John Wesley.
John Sanders.
Justino Mártir.
Wolfhart.




OBSERVAÇÃO: Recomendamos que você também leia as seguintes postagens:




(1)   FERREIRA. Franklin, MYATT. Alan, Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova. 2007. p. 63.

(2)     GEISLER. Norman, Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD. 2010. p. 364.