NO DIA DA MENTIRA, JESUS CONFRONTA OS RELATIVISTAS
O relativismo e a verdade
[...] Sempre tem
havido pessoas que usam sua mente de outra maneira. Alguns afirmam que não há
realidade objetiva e conhecível fora de nós mesmos. Dizem que nosso pensar não
produz conhecimento confiável de Deus ou de qualquer outra coisa fora de nós.
Em vez disso, nossas observações e pensamentos apenas fazem surgir expressões
de preferências e perspectivas pessoais. Então, o pensar não nos leva à
verdade, ou à beleza, ou à bondade válidas universalmente e definidas pela
natureza e a vontade de Deus. O pensar nos leva apenas a expressões do que
sentimos e percebemos. Mas essas expressões não correspondem à verdade
universalmente válida, fora de nós mesmos.
Um nome para essa
maneira de ver o mundo é relativismo. Nesse ponto de vista, a verdade,
quando a palavra é usada de alguma maneira, não se refere a afirmações
universalmente verdadeiras sobre Deus, o homem e a vida. Pode referir-se à
integridade íntima de você mesmo – agir de acordo com o mundo como você o vê.
[...]
O que é relativismo?
Então, o que é a maneira
relativa de pensar que comumente chamamos de relativismo? Estamos
lidando com relativismo se uma pessoa diz uma destas quatro coisas:
• Não há nenhum
padrão objetivo e externo de medir a veracidade ou a falsidade de uma
afirmação.
• Pode existir um
padrão externo, mas não podemos saber se ele existe.
• Há um padrão
objetivo; sabemos que ele existe, mas ninguém pode descobrir o que ele
significa; por isso, não pode funcionar como um padrão universalmente válido.
• Pode haver um
padrão externo e objetivo, mas não me preocupo com o que ele é. Não me
submeterei a ele. Não basearei minhas convicções nele. Criarei meus próprios
padrões.
[...] Considere a
afirmação: “Relações sexuais entre dois homens são erradas”. Duas pessoas podem
discordar nisso e não ser relativistas. Ambas podem dizer: “Há um padrão
externo e objetivo para avaliar essa afirmação, ou seja, a vontade revelada de
Deus na Bíblia cristã, inspirada”. Um pode dizer que a Bíblia ensina que isso é
errado; e a outra pode dizer que a Bíblia o permite. Isso não seria
relativismo.
O
relativismo entra em cena quando alguém diz: “Não há nenhum padrão objetivo,
externo e conhecível que determina o certo e o errado e seja válido para todas
as pessoas. Portanto, sua afirmação de que relações
sexuais entre dois homens são erradas é relativa ao seu padrão
de medida, mas você não pode afirmar que os outros devem se submeter a esse
padrão de avaliação”. Isto é a essência do relativismo: nenhum padrão de
verdadeiro e falso, certo e errado, bom e mau, bonito e feio pode prevalecer
sobre qualquer outro padrão. Nenhum padrão é válido para todas as pessoas.
A essência do relativismo
O que isso sugere
a respeito da verdade? Os relativistas podem inferir disso que não existe tal
coisa como a verdade. A verdade é apenas uma categorização simplória,
prejudicial e criadora de confusão, pois não existem padrões externos e
objetivos que sejam válidos para todos. Ou eles podem continuar usando a
palavra verdade, mas o fazem apenas significando aquilo que
se conforma às suas preferências subjetivas. Você pode preferir a Bíblia,
ou o Alcorão, ou o Livro de Mórmon, ou o Pequeno Livro Vermelho, de Mao
Tsé-tung, ou os ditados de Confúcio, ou a filosofia de Ayn Rand, ou seus
próprios desejos imediatos, ou qualquer outro de inúmeros padrões. Nesse caso,
ouviremos a linguagem de “verdade para você, mas não para mim”. Sendo
assim, estamos lidando como o relativismo.
[...]
Jesus enfrenta os relativistas
O que devemos fazer com isso? Por que
tenho admitido que essa é uma péssima maneira de ver o mundo? Comecemos nossa
avaliação do relativismo com uma interação entre Jesus e alguns relativistas clássicos
– não relativistas autoconscientes e experimentados, mas apenas relativistas
práticos, que é o tipo mais comum que prevalece em qualquer época, e não
somente nesta época. É proveitoso observar Jesus enfrentando os relativistas.
Considere Mateus 21.23-27:
Tendo Jesus chegado ao templo, estando
já ensinando, acercaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo,
perguntando: Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu essa
autoridade? E Jesus lhes respondeu: Eu também vos farei uma pergunta; se me
responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. Donde
era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se
dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele? E, se
dissermos: dos homens, é para temer o povo, porque todos consideram João como
profeta. Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E ele, por sua vez: Nem eu
vos digo com que autoridade faço estas coisas.
[...] Mateus 21.23-27 é um quadro do
que se tornou a mente humana escravizada pelo pecado. Os anciãos e os
principais sacerdotes não usaram sua mente para formular uma resposta
verdadeira para a pergunta de Jesus. Como eles usaram sua mente? Oh! eles a
usaram com muito cuidado! Nesta passagem bíblica, o que vemos não são homens
que deviam usar sua mente no servir à verdade, mas não a usaram de modo algum.
Não. Eles usaram a mente de maneira astuta. E Mateus nos faz ver as operações
interiores da mente deles. Todos nós pensamos. A diferença é se pensamos a
serviço da verdade ou se pensamos da maneira como os principais sacerdotes e os
anciãos pensaram.
Raciocínio cuidadoso para ocultar a verdade
Eles raciocinam
com cuidado: “Se dissermos isto, então aquilo nos acontecerá. Se dissermos esta
outra coisa, então aquela outra coisa nos acontecerá”. Eles estavam
raciocinando com cuidado. Por quê? Porque a verdade estava em jogo? Não, porque
o ego e a vida deles estava em jogo. Não queriam ser envergonhados. Não queriam
ser atacados.
[...]
Então, o que
aconteceu com a mente e sua auxiliadora, a linguagem, nesta passagem de Mateus
21.23-27? A mente se tornou o escravo sagaz e evasivo das paixões dos
sacerdotes e anciãos. E a linguagem fez a obra astuciosa de encobrir a
corrupção. No caso deles, a verdade era irrelevante em guiar o que diziam. Não
importava se o batismo de João era do céu ou do homem. O que importava era que
não fossem envergonhados, nem atacados. De modo semelhante, usamos nossa
linguagem para encobrir nossa indiferença para com a verdade e nossa lealdade
aos deuses do orgulho e do conforto. E dizemos: “Não sabemos”.
Esta conversa acabou
A resposta
de Jesus é categoricamente relevante para sabermos como
lidar com essa duplicidade. Ele disse: “Nem eu vos digo com que autoridade faço
estas coisas”. Em outras palavras: “Esta conversa acabou. Não tenho conversas
sérias com pessoas como vocês”. Jesus abomina esse tipo de prostituição
arrogante e covarde dos gloriosos dons de pensar e de falar humanos.
Disse antes que esta passagem revela as sementes do
relativismo. O que pretendia dizer era isto: uma semente do relativismo é o
profundo desejo pecaminoso dos homens de não serem governados por Deus ou por
qualquer padrão que afirma a autoridade de Deus. Essa rebelião estabelecida no
ser mais profundo do homem pode se expressar de muitas maneiras. Uma delas é
apenas dizer: “Deus, não me sujeito aos teus padrões. Eu crio o meu próprio
padrão”. Outra maneira sutil e mais comum de rebelar-se é dizer: “Os padrões de
Deus não existem”. Ou: “Os padrões de Deus não podem ser conhecidos. Ou seja,
não há nenhum padrão válido universalmente para julgar meu comportamento.
Portanto, estou livre de autoridade fora de mim mesmo. Posso fazer como eu
quero”. Essas são as sementes do relativismo. São a fonte do relativismo.
Ninguém é relativista no banco
O relativismo não
é um sistema filosófico coerente. Está crivado de contradições – tanto lógicas
como experienciais. Os alunos de faculdade sabem que algo é suspeito quando
alguém afirma que a verdade é que todas as verdades são relativas. Eles podem
não citar a lei da não-contradição, mas estão envolvidos por ela e podem sentir
seu cheiro no ar. Afirmar a verdade com uma afirmação que anula a verdade é
autocontraditório. Mas, se você não está afirmando que a sua defesa do relativismo
é verdadeira, por que espera que eu lhe dê ouvidos?
Todo homem de
negócios sabe que os relativistas filosóficos deixam seu relativismo à porta
quando vão ao banco e leem a linguagem do contrato que estão para assinar. As
pessoas não abraçam o relativismo porque ele é filosoficamente satisfatório.
Elas o abraçam porque ele é física e emocionalmente satisfatório. Provê a
cobertura que elas necessitam em momentos cruciais de sua vida, para fazerem o
que querem sem a intromissão dos absolutos.
Isso é o que vemos
nos principais sacerdotes e nos anciãos. Eles não se preocupavam com a verdade.
Preocupavam-se com sua vida. Portanto, usaram as criadas da verdade dadas por
Deus – o pensamento e a linguagem e prostituíram-nas como servas de
autoproteção. Racionaram uma maneira de escapar e usaram a linguagem para
evitar vergonha e ferimentos. Auto-engrandecimento é a raiz mais
profunda do relativismo.
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FONTE: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/04/no-dia-da-mentira-jesus-confronta-os-relativistas/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29