IMAGINAÇÃO DE UM PASTOR PROTESTANTE: O SUBLIME FIM DO
PAPADO
Pr.
Gilson Soares dos Santos
Todos, exceto aqueles que querem continuar
enganando a si mesmos, sabemos que o papado não é bíblico. Nada encontramos nas
páginas do Novo Testamento, ou de qualquer outra parte das Sagradas Escrituras,
que dê sustentáculo ao papado. Também é impossível encontrar na história
qualquer fonte fidedigna que sancione a ideia de que Pedro foi o primeiro papa
e tenha passado o bastão a seus sucessores. Nenhum texto bíblico fala de papa
como sucessor de Pedro e vigário do Filho de Deus. Não há nas páginas áureas da
Bíblia qualquer vestígio do papado.
Diante disso, comecei a pensar como seria
maravilhoso se no mais secreto dos eventos do mundo, o Conclave para a escolha
do papa, algo inesperado e inédito acontecesse: todos os cardeais, unanimemente,
se voltassem para as Sagradas Escrituras e propusessem o fim do papado.
Eu sei que segundo as fontes de informações
não há debate sobre a veracidade bíblica do papado num conclave que escolhe o sucessor de um papa.
Sei que eles se reúnem e não podem revelar suas preferências, nem detalhes do
que acontece na Capela Sistina, mantendo-se sem nenhuma
comunicação com o mundo exterior. Eu sei disso.
Eu sei que o Carmelengo, administrador do
vaticano durante a vacância papal, zela para que não haja qualquer
interferência externa que influencie o voto dos cardeais. Sei também que para
votar cada cardeal recebe uma cédula de papel escrevendo nela o nome daquele
que eles querem que seja o novo papa, utilizando até uma caligrafia diferente
da habitual.
Porém, insisto em pensar na possibilidade
deste ser um Conclave inédito, onde os cardeais fizessem tudo de maneira
diferente: pudessem debater sobre o que dizem as Sagradas Escrituras a respeito
de Pedro como papa. Entendessem que Pedro nunca foi papa nem o papa é o vigário
de Cristo. Chegassem à conclusão que Cristo nunca prometeu a Pedro o primado de
jurisdição sobre sua igreja, coisa que eles já sabem, pois são homens
conhecedores de Bíblia e de História.
Imagine comigo: os cardeais liberariam a
fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina, porém não aconteceria a
apresentação do novo papa à multidão, nem seria pronunciada a famosa frase em
latim “habemus papam” (temos um papa). Pelo contrário, seria feito um
pronunciamento à multidão declarando que o Conclave decidiu pelo fim do papado.
A Igreja Católica Apostólica Romana terá um Presidente, que será o Chefe de
Estado do Vaticano, eleito por um colegiado. O novo líder católico não será
chamado de papa, não é infalível, não é o vigário de Cristo, sua autoridade
está submissa a autoridade das Sagradas Escrituras, e todos os cristãos ligados
à Igreja Católica Apostólica Romana deverão ter a Bíblia com única regra de fé
e prática.
Você me dirá: isto causaria uma revolução sem
precedentes. Esses cardeais seriam banidos da igreja e, se possível, até
crucificados pelo povo. Você continuará me dizendo que isto é inimaginável, é
uma leseira inconcebível, e continuará: Blá! Blá! Blá! Blá!
Calma! É só imaginação de um pastor
protestante! Mas que seria o caminho para o retorno ao cristianismo verdadeiro,
seria.