NOSSOS POBRES ESTÃO MAIS POBRES
Pr.
Gilson Soares dos Santos
Pode parecer estranho este post. Pode chegar
ao entendimento de muita gente que estou postando contra a ajuda aos pobres.
Ainda pode ser que alguém imagine que estou sendo contra a assistência social.
Mas, antecipadamente, quero dizer que sou totalmente a favor da ajuda aos
pobres. Entretanto, sou contra a ideia de que o único meio de ajuda aos pobres
são essas “bolsas” que o governo tem dado, e que, na verdade, não passa de uma
estratégia para comprar a consciência do pobre.
Um turbilhão de perguntas me vem à mente: por
que o governo não promove empregos para essas famílias que dependem,
unicamente, dessas bolsas? Será que um pai de família, trabalhando e recebendo
um salário digno, precisaria dessas “bolsas”? Será que essas “bolsas” estão
beneficiando realmente os pobres? Será que todas as pessoas contempladas com
essas “bolsas” precisam mesmo delas ou tem muita gente se aproveitando dessa
assistência social para compras de supérfluos? Os beneficiados com essas
fragmentadas “bolsas” realmente saíram da miséria? Será que esses programas de suposta transferência de renda melhorou a vida das famílias pobres e extremamente
pobres de nosso país?
Penso que todo governo deveria pensar a mesma
coisa: geração de empregos. Uma família trabalhando, recebendo salário digno,
não precisa de “bolsas”. E não me venha dizer que o governo tem feito isto,
pois não ouvi nenhum pobre dizer que estava votando neste governo porque tem
trazido ações de capacitação profissional, de geração de trabalho e renda, de
educação para jovens e adultos, de melhoria do acesso à moradia, conforme
consta nos objetivos do Programa Bolsa Família. Todo pobre que declarou votar
no governo que está no poder deixou bem claro que tinha medo que a oposição
lhe tirasse “a bolsa”.
Isso só comprova uma coisa: nossos pobres
estão mais pobres. Continuam pobres no sentido material, agora ficaram pobres
no sentido intelectual, pois não há mais o senso crítico, e ainda ficaram
pobres de disposição para trabalhar, porque muitos estão ociosos, vivendo na
dependência dos programas contraproducentes do governo. Eles não conseguem ver
que aquilo que o governo está fazendo é maléfico e prejudica a produtividade.
Talvez, para muitos, a escrita do apóstolo Paulo aos tessalonicenses soa como
uma afronta: “...quem não quiser
trabalhar, que também não coma” (II Ts 3.10).
Que Deus tenha misericórdia de nós.